Ceia de Natal fica 10% mais cara neste ano
Frutas natalinas tiveram alta de até 122,24%, enquanto panetones tiveram redução de até 40,55% em seus preços
Preços de suínos e aves também estão até 25,72% mais caros neste ano, segundo pesquisa da Acirp
As ceias de Natal deste ano em Ribeirão Preto ficarão, em média, 10% mais caras, segundo pesquisa da Acirp (Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto) divulgada nesta sexta-feira (28).
O aumento foi puxado, principalmente, pelo preço das frutas tipicamente natalinas --ameixa, damasco e nozes-- que estão mais caras.
Por outro lado, os panetones apresentaram queda nos preços de até 40,55% neste ano, de acordo com o levantamento da instituição.
A pesquisa da associação considerou o valor médio dos produtos em novembro deste ano, em comparação com o mesmo período de 2013.
No ano passado, a ceia registrou aumento de 9,39% em relação a 2012.
Entre as frutas natalinas, a ameixa seca com caroço é a mais cara neste ano.
O valor do quilo registrou crescimento de 122,24%. Passou de R$ 13,78, no ano passado, para R$ 30,62, agora.
Já o quilo do damasco teve alta de 100,83%. Em 2013 custava, em média, R$ 28,06. Agora, já chega a R$ 56,36.
Os preços das nozes com e sem casca tiveram aumento de 30,5% e 20,17% o quilo, respectivamente.
A maior redução entre os produtos da ceia de Natal foi no preço do panetone de 700 gramas. A queda chegou a 40,55%, passando de R$ 25,57 para R$ 15,20.
Já o panetone de 400 gramas caiu 5,55%. As frutas cristalizadas também registraram redução, de 0,24%.
Na avaliação do economista da associação comercial, Fred Guimarães, a valorização do dólar em relação ao real impactou na importação desses produtos, principalmente das frutas.
CONCORRÊNCIA
Em relação aos preços dos panetones e chocotones, que caíram, a avaliação do economista é que há maior concorrência no mercado.
De acordo com ele, no ano passado os panetones tiveram alta nos preços.
Além de pesquisar os produtos tipicamente natalinos, a Acirp também fez levantamento de preços de suínos e aves. O maior aumento de preço foi no quilo do pernil, que hoje custa 25,72% a mais em comparação com o Natal do ano passado.
O lombo apresentou aumento de 13,39%, enquanto o peru está 1,73% mais caro, e o tender, 6,80%.
Na avaliação do economista, os preços mais elevados dessas carnes podem ser explicados pelo aquecimento do mercado neste ano.
De acordo com ele, isso acontece principalmente pela abertura para exportação desses produtos, que impulsiona a valorização.