Central on-line tenta facilitar compra de bilhetes
Apesar dos projetos de recuperação, ainda é comum no país passageiros chegarem a uma estação de trem e encontrarem guichês de venda de bilhetes fechados.
O problema ocorre porque nem todos funcionam diariamente e cada um tem seu horário --alguns, como o Trem das Águas, em São Lourenço (MG), só operam aos sábados.
Há ainda os que só deixam a estação com um número mínimo de passageiros (normalmente 50 pessoas, mas há rotas que aceitam até 20 em dias "fora da escala").
Para contornar o problema, a Abottc (Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais) vai lançar uma central única de reservas para todos os 21 destinos que integram o projeto Trem É Turismo.
A aposta é que os trens se transformem em âncoras do turismo nas regiões dessas linhas. Para isso, é preciso deixar claro ao turista o que ele vai encontrar no passeio e nos arredores do trajeto.
"O trem poderá movimentar outros setores. Há 600 pequenos negócios envolvidos nesses 21 trens", afirma Geraldo Henrique da Costa, coordenador do projeto no Sebrae nacional.
Da verba de R$ 4 milhões, 70% são oriundos do Sebrae.
De acordo com Luiz Carlos Barboza, que coordena o projeto na Abottc, a central integrada deve oferecer os tíquetes a partir de agosto, no site da associação (abottc.com.br).
A página já fornece dados sobre 19 rotas ferroviárias de passageiros no país, quatro das quais ainda não estão em funcionamento --duas em São Paulo, uma no Rio Grande do Sul e outra na divisa do Paraná e Santa Catarina.