Brasil leva dois prêmios no Festival Internacional de Animação de Annecy

Mais importante festival do gênero, o Brasil foi o país homenageado nesta 42ª edição do evento

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RFI

Terminou neste sábado (16) o Festival Internacional de Animação de Annecy, considerado o maior festival do gênero no mundo.

O diretor Mateus de Paula Santos recebe o Cristal de melhor filme produzido para a TV, "Leica - Everything in Black and White" no Festival de Animação de Annecy
O diretor Mateus de Paula Santos recebe o Cristal de melhor filme produzido para a TV, "Leica - Everything in Black and White" no Festival de Animação de Annecy - G. Piel/CITIA

O Brasil foi o país homenageado nesta 42ª edição do evento, e os criadores brasileiros não voltaram de mãos vazias para casa.

Rodrigo Faustini levou o Cristal de melhor curta-metragem na categoria Off Limits com "Garoto Transcodificado a partir de Fosfeno". Na categoria de filmes produzidos para a TV, Mateus de Paula Santos levou o prêmio por "Leica - Everything in Black and White".

Também na competição oficial e muito aclamado pelo público presente em Annecy, "Funan", filme desenhado à mão, cuja temática explora a vida de uma família sob o regime do Khmer Vermelho, no Camboja, de Denis Do, levou o Cristal de melhor longa-metragem da edição 2018 do festival, uma co-produção entre estúdios do Camboja, França e Luxemburgo.

O curta-metragem do estúdio Lunanime, "Bloeistraat 11", de Nienke Deutz, co-produzido com a Holanda, premiado com o Cristal de melhor curta-metragem, traz um retrato delicado da puberdade, retratando duas melhores amigas cuja relação se torna tensa quando seus corpos começam a mudar e elas começam a explorar a sexualidade.

Num festival marcado pelo prisma político das produções na competição oficial, o prêmio do Júri de melhor longa-metragem contemplou "Parvana" ("A Ganha-Pão", no Brasil), uma espécie de fábula contemporânea sobre a emancipação das mulheres e da força da imaginação contra a opressão.

Sob o regime talibã, o filme de animação de Nora Twomey conta a história de Parvana, de 11 anos, uma menina que cresceu em uma Cabul devastada pela guerra no Afeganistão.

Ela gosta de ouvir histórias contadas a seu pai, mas, um dia, ele é preso, e a vida de Parvana muda tragicamente para sempre. Sem estar acompanhada de um homem, ela não pode trabalhar ou até comprar comida. Parvana então decide cortar o cabelo e se disfarçar de menino para ajudar sua família. Arriscando-se a qualquer momento ser desmascarada, ela continua determinada a encontrar uma maneira de salvar seu pai.

Durante a cerimônia de premiação, o diretor do festival de Annecy, Patrick Eveno, anunciou que a animação japonesa será a grande homenageada da edição 2019 do Festival de Annecy.

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