Em um momento confuso do disco, o excesso de inspirações cultivadas durante o hiato fica claro, assim como uma edição pouco rigorosa.
"Sick of Sittin'" evoca uivos de um lado roqueiro até então desconhecido de Christina. "Right Moves", cantada ao lado da dupla jamaicana Shenseea & Keida, tenta mesclar o pop ao reggae de maneira pouco memorável.
As incoerências não tiram o mérito dos pontos altos do álbum, como a suave dobradinha composta por "Like I Do", em que Christina domina o R&B com apoio do rapper GoldLink e do produtor Anderson .Paak, e "Deserve", em que o vocal impecável da cantora vai ao encontro da envolvência do inglês MNEK.
O último respiro do disco é dado em "Accelerate", single lançado no início de maio.
Em um mundo ideal, a parceria com Ty Dolla Sign e 2 Chainz seria perfeita para terminar o disco ainda em alta, mas, na realidade, a oportunidade é deixada de lado.
O disco se estende por mais três faixas repetitivas, tanto em produção como em tema, excedendo a duração e dando um tom cansativo ao resultado final.
Não restam dúvidas de que "Liberation" se posiciona como o melhor lançamento de Christina Aguilera em 12 anos, desde o aclamado "Back to Basics".
Mas, em seu retorno, uma das princesas do pop comete erros básicos que não condizem com a bagagem da artista. A essa altura do campeonato, Christina Aguilera já deveria saber neutralizá-los de longe.
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