A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, responsável pela entrega do Oscar, anunciou nesta semana que os longas-metragens vencedores do Festival É Tudo Verdade passarão a ser automaticamente inscritos para disputar o prêmio do cinema.
Com isso, o festival brasileiro de documentários passará a ser uma etapa classificatória para a escolha de obras do gênero documental.
As regras começam a valer já para a próxima edição do Oscar e contemplarão os longas agraciados no último É Tudo Verdade, tanto na categoria de produção internacional quanto na categoria de produção nacional (“O Distante Latido dos Cães”, do dinamarquês Simon Lereng Wilmont, e “Auto de Resistência”, de Natasha Neri e Lula Carvalho, respectivamente).
“É um reconhecimento tanto de quase um quarto de século de trabalho do festival quanto da vitalidade contemporânea da produção não-ficcional brasileira", dizo crítico Amir Labaki, criador do festival, em comunicado distribuído à imprensa.
A mostra brasileira, que teve sua primeira edição em 1996, se junta a outros 27 eventos cinematográficos internacionais que foram selecionados pela Academia nessa etapa de qualificação para documentários. Entre os outros estão o IDFA, da Holanda, e os vencedores no gênero dos festivais de Cannes e de Berlim.
Desde 2015, o É Tudo Verdade já funcionava como uma etapa pré-classificatória na categoria de curtas documentais.
Nesta semana, a Academia também anunciou ter enviado convites a mais de 900 novos membros, entre atores, diretores e produtores de mais de 50 países --uma forma de aumentar a diversidade de seu júri.
Entre os convidados estão 9 brasileiros: o músico Carlinhos Brown, a atriz Alice Braga, a produtora Vânia Catani, as documentaristas Petra Costa, Helena Solberg e Maria Augusta Ramos, os montadores Karen Harley e Felipe Lacerda, e o curta-metragista Mauricio Osaki.
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