Virtuosismo do barroco é destaque na Sala São Paulo nesta segunda (11)

Espaço recebe recebe o grupo Les Violons du Roy com regência do canadense Mathieu Lussier

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São Paulo

Já faz algum tempo que o resgate da música barroca por cantores virtuoses e grupos instrumentais especializados está em alta na cena internacional de concertos.

A agilidade dos melismas vocais, o cravo apoiando a harmonia, nuances de articulação, peças com seções curtas, e contrastes súbitos de andamentos e intensidades são uma alternativa saudável à predominância do repertório canônico dos séculos 19 e 20.

Atenta a essa tendência, a Cultura Artística tem encaixado nomes importantes da performance do século 18 em suas temporadas recentes.

Nesta segunda-feira (11), a Sala São Paulo recebe o grupo Les Violons du Roy com regência do canadense Mathieu Lussier. Inicialmente anunciada como solista, a cantora checa Magdalena Kozená, de 45 anos, será substituída pela russa Julia Lezhneva, de 28.

Les Violons du Roy
O conjunto de câmara canadense Les Violons du Roy - David Cannon/Divulgação

Assim como no ano passado —quando o contratenor Philippe Jaroussky atuou com Le Concert de la Loge—, o programa é centrado em Handel (1685-1759).

De fato, o compositor é o mais cosmopolita do período barroco: nascido na Alemanha, passou um bom tempo na Itália antes de se radicar na Inglaterra (ele está sepultado no país).

Seja nas óperas baseadas na história antiga, como “Júlio César no Egito” ou “Alessandro”, sucessos em Londres na década 1720, ou em oratórios sacros —com estrutura similar, mas sem encenação—, como “O Triunfo do Tempo e do Desengano” ou “O Messias”, ele se comunica de forma direta e valoriza o potencial dos intérpretes.

Árias extraídas dessas obras estarão no programa desta noite. Uma delas, “Lascia la Spina, Cogli la Rosa” (“deixa o espinho, colhe a rosa”), foi adaptada por Handel (com outra letra) para a ópera “Rinaldo”, e aparece com destaque tanto na trilha do filme “Farinelli” (1994) como em “Anticristo” (2009), do diretor Lars von Trier.

Aberturas e concertos grossos comporão a parte instrumental do programa e, para além de Handel, Lezhneva interpretará a ária “Agitata da Due Venti” de Vivaldi (1678-1741).

Quem havia comprado ingresso para ver Kozená não deverá se desapontar com a mudança: a jovem russa já é um dos principais destaques mundiais nesse repertório.

Les Violons du Roy
Seg., às 21h, na Sala São Paulo, pça. Júlio Prestes, 16, tel. (11) 3667-9500. De R$ 75 a R$ 600 (ingressos a R$ 20 e R$ 10 30 minutos antes caso haja haja disponibilidade)

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