Centenas de mulheres, entre cineastas, atrizes e entusiastas se reuniram numa marcha que tomou a John Street, rua onde ocorrem alguns dos eventos do Festival de Toronto.
A caminhada, que começou no fim da manhã deste sábado (8), pediu igualdade de condições ao sexo feminino numa indústria que é conhecida por seu machismo histórico.
“Por que estamos treinando as novas gerações a ter preconceito de gênero?”, indagou Geena Davis à multidão. À frente do instituto que leva seu nome, a atriz de “Thelma & Louise” é defensora de primeira hora da equiparação salarial entre os sexos.
Neste ano, mais de um terço dos filmes da programação do Festival de Toronto tem mulheres à frente da direção —é superior à média dos congêneres europeus.
Mas na indústria em geral, a proporção é bem inferior: apenas 4% das 1.100 maiores bilheterias entre 2007 e 2017 tem diretoras, segundo levantamento da Universidade do Sul da Califórnia, em Annenberg.
A marcha em Toronto ecoa ato ocorrido em maio deste ano, no tapete vermelho do Festival de Cannes. Ali, a atriz Cate Blanchett puxou o coro da marcha. Essas foram as primeiras edições das grandes mostras de cinema após a eclosão do escândalo com o produtor Harvey Weinstein, em outubro.
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