A direção cultural do Museu da Imagem e do Som foi trocada neste início de ano. A cineasta Isa Castro, que ocupava o cargo havia dois anos, foi substituída pelo diretor cênico e produtor Cleber Papa.
Papa já ocupava cargo no MIS, como curador do programa Notas Contemporâneas, dedicado a preservar depoimentos de compositores e intérpretes da música popular e erudita.
Mais conhecido no universo da ópera, ele criou e dirigiu dois festivais do gênero no país: o Amazonas de Ópera e o Festival de Ópera do Theatro da Paz.
Foi também diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo, nomeado em 2017 por André Sturm, atual secretário municipal de cultura, de quem é amigo.
Quando estava no cargo de diretor artístico do Municipal, Papa foi questionado por ter sido ligado a uma OS que, em 2017, venceu concorrência para assumir o comando administrativo da sala.
A organização era o instituto Casa da Ópera, que foi fundado por Papa, mas que, naquela época, não o tinha mais em seu quadro de funcionários.
A concorrência também teve participação do Instituto Odeon, que contestou o resultado, sob o argumento de que o instituto Casa da Ópera havia sido privilegiado pela posição que Papa assumia na sala.
A Secretaria Municipal de Cultural, à qual o teatro é vinculado, acabou inabilitando a Casa da Ópera, sem atribuir a mudança à ligação entre Papa e o instituto, mas sim à falta de documentação.
No fim do ano passado, Sturm rompeu contrato com a Odeon, alegando falta de transparência e problemas de relacionamento com o quadro da OS.
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