Gata Choupette Lagerfeld, herdeira de Karl, tem duas babás, iPad e voa de jatinho

Espécie de Greta Garbo felina, jet-setter de quatro patas fatura milhões com propaganda

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Gata Choupette Lagerfeld registrada pelo dono, Karl

Choupette Lagerfeld fotografada pelo dono, Karl Karl Lagerfeld

São Paulo

"Ela é uma espécie de Greta Garbo. Há algo de inesquecível nela, o modo como ela se move, o jeito como ela brinca. Ela é uma inspiração para a elegância. Para a atitude."

Assim o estilista Karl Lagerfeld, morto nesta terça (19), definiu Choupette, em 2015.

Comparada à diva de comportamento misterioso e solitário, a gata da raça sagrado da Birmânia fez Lagerfeld quebrar protocolos.

Nascida em 2011, ela pertencia ao modelo francês Baptiste Giabiconi, que inadvertidamente a deixou, ainda filhote, por duas semanas na casa de Lagerfeld. Quando o modelo voltou de viagem para buscá-la, o estilista avisou: "Sinto muito, a Choupette é minha".

Como fez com a supermodelo alemã Claudia Schiffer nos anos 1990, o diretor criativo da Chanel transformou a gata em ícone fashion. No colo de Gisele Bündchen, foi capa da Vogue Brasil —fotografada pelo papai.

Também inspirou coleções da marca Karl Lagerfeld, uma linha de produtos Shu Uemura de nome Shoupette e acumula mais de 150 mil seguidores no Instagram.

À Vogue, Lagerfeld contou que Choupette tem duas babás, Marjorie e Françoise; que só come em cima da mesa com seu jogo de pratos da Goyard; que segue dieta com nutricionista e vai ao veterinário toda semana para escovar os pelos e passar por um exame geral. Era 2014, ano em que a gata faturou, de acordo com o próprio designer, 2,8 milhões de libras (cerca de R$ 10,3 milhões).

Na rede social, a bichana exibe sua vida de menina mimada: viaja de jatinho, mostra as unhas feitas e acompanha os bastidores dos desfiles.

Com a morte de Lagerfeld, especula-se que ela será uma das beneficiárias de seu espólio, como ele já chegou a afirmar. Ela pode voltar para os braços de Giabiconi ou, quem sabe, ser criada por Hudson Kroenig, 11, afilhado do estilista e filho do modelo Brad Kroenig.

No ano passado, Lagerfeld disse à revista Numéro do que gostaria caso ele morresse. "Não haverá funeral. Eu prefiro morrer! Pedi para ser cremado e quero que minhas cinzas sejam espalhadas junto com as da minha mãe. E com as da Choupette, se ela morrer antes."

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.