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Djavan equilibra clássicos e músicas novas em show com clima de festa

Apresentação em São Paulo faz parte da turnê do disco 'Vesúvio'

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Djavan durante show em SP, na noite de sexta (12)

Djavan durante show em SP, na noite de sexta (12) Marcello Fim/Ofotográfico/Agência O Globo

São Paulo

O show que Djavan mostrou a uma plateia paulistana na noite de sexta (12), no Credicard Hall, é singular. Aos 70 anos, salta aos ouvidos a relevância da produção mais recente do cantor e compositor, numa apresentação vibrante.

Contando histórias, dançando com leveza pelo palco e com a voz forte, ele é jovial em cena. O público é visivelmente composto de admiradores ardorosos, prontos para cantar junto qualquer seleção de músicas que seu ídolo montar para a noite.

Djavan é caso raro de artista que consegue misturar o repertório de seu último disco com a coleção de clássicos da MPB acumulados em mais de 40 anos de carreira fonográfica, mantendo o pique do show o tempo inteiro.

A turnê que ele cumpre agora chega depois de "Vesúvio", o álbum de inéditas lançado no ano passado. Se a audição do disco já passava uma sensação de força, com o Djavan letrista em ótima forma, a comparação desse material com antigas safras não traz sobressaltos.

Logo na abertura, esse equilíbrio fica claro com a recente "Viver É Dever" seguida de "Eu Te Devoro", do álbum "Bicho Solto" (1998). A opção por essas músicas mais sacudidas, levadas com talento pelo quinteto afiado que acompanha Djavan, já sinaliza um clima de festa descontraída que permeia as quase duas horas de show.

 
O cantor passeia pelas fases da carreira, indo até 1986 para resgatar "Topázio" e novamente parando em 1998 para "Amar É Tudo".

O show vai avançando com outras retomadas dos anos 1980, como "Cigano" e "Esquinas", e fica evidente a sintonia com sua fase atual quando esses hits antigos combinam muito bem com as novas "Madressilva" e "Um Quase Amor".

Ainda da fornada mais recente, "Orquídea" é um momento divertido no palco. A canção tem letra repleta dos nomes científicos de algumas das mais de 800 orquídeas que Djavan cultiva, como ele explica à plateia.

Além da sonoridade engraçada, a utilização desses nomes das flores em latim pode até brincar com a insistência de algumas pessoas em dizer que as letras de Djavan são muitas vezes a escalação aleatória de palavras. Proposital ou não, é um lance genial.

A música que dá título ao álbum "Vesúvio" é empolgante a ponto de figurar na sequência que encerra o show. É um verdadeiro trem de canções conhecidas, que faz o público se levantar das cadeiras do Credicard Hall para dançar: "Nem Um Dia", "Flor do Medo" e, para exaltação dos presentes, a trinca de hits "Se...", "Samurai" e "Sina".

Alguns dos maiores sucessos foram preservados para o bis. Djavan volta com "Oceano", emenda "Um Amor Puro" e encerra a noite em clima de festa com "Lilás" e "Seduzir". São atestados sonoros da ótima fase de um cantor e compositor maduro.

Djavan em São Paulo

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