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Tons de cupcake fazem do tapete vermelho do Emmy um jogo de 'candy crush'

Cores lavadas tingiram o carpete púrpura da premiação neste domingo (22)

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São Paulo

É curioso analisar como desde que o preto virou cor de protesto na temporada de premiações, a indústria do entretenimento botou a cabeça das atrizes e dos atores para funcionar. Entre o vermelho berrante de Vera Farmiga e o branco suntuoso de Patricia Arquette, a maioria preferiu jogar uma partida colorida de “candy crush”.

As cores lavadas que tingiram o tapete vermelho do Oscar deste ano foram os mesmos que competiram com o carpete púrpura iluminado do Emmy, cujo guarda-roupa exibido na noite deste domingo (22) mostrou com quantos tons adocicados se faz uma premiação.

Já nos primeiros minutos do entra e sai de celebridades da TV, Laverne Cox (“Orange Is The New Black”) e Jameela Jamil (“The Good Place”) descobriram os colos em longos lilás e verde-água. Ombros, como prenunciou a última temporada de desfiles de alta-costura, é um dos pontos de atenção da silhueta de festa para as próximas estações.

Cox, aliás, repetiu nesta noite a dupla de cores roxo e preto do longo Christian Siriano que desfilou em julho, na festa de estreia da última temporada de “Orange Is The New Black”. Um longo decotado de Siriano todo forrado de paetês e lurex lilás também foi a escolha de Niecy Nash (“When They See Us”).

 
Entre azuis glacê, a exemplo do longo estampado de Lena Headey (“Game of Thrones”), e róseos, como o Louis Vuitton de Sophie Turner (“Game of Thrones”), os tons de cupcake rechearam essa festa da primavera fora de época. Há deslizes notórios, é claro. Só olhar o Richard Quinn florido da modelo Kendall Jenner para entender o porquê de o tubinho preto ter sido a melhor alternativa anti-erros da história.

Quando não estavam descobertos, os ombros apareciam proeminentes com estruturas pontudas, como os de Sara Goldberg (“Barry”), ou abertos em tops drapeados como os de Greta Lee (“Russian Doll”). 

A combinação segura de vermelho e rosa também cobriu longos com mangas bufantes ou assimétricas, com destaque para o Brandon Maxwell de Mandy Moore (“This Is Us”) e o longo de Taraji P. Henson.

O tom aguado de Regina King, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante deste ano, tinha pontos de luz prateados para quebrar o monocromatismo. Revelação da indústria, a atriz, roteirista e diretora Phoebe Waller-Bridge (“Fleabag”) usou o mesmo truque no longo bege Monique Lhuillier.

Forrar de pedrarias e detalhes prateados também foi a solução cromática de quem aderiu ao preto. Laura Linney (“Ozark”) e Maisie Williams (“Game Of Thrones) mostraram como a combinação do cinza iluminado e preto pode funcionar tanto na foto quanto no tapete.

Stylists consagrados, como a italiana Ilaria Urbinati e o hondurenho Sam Ratelle, já convencem atores a aderir a esse novo preto e branco. O smoking de Milo Ventimiglia (“This Is Us”) e o conjunto Michael Kors listrado escolhido por Billy Porter (“Pose”) fugiram do óbvio, bem ao lado das propostas inusitadas de vinho usadas por homens deste que foi o tapete mais doce do ano.
 

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