Morre designer alemão Ingo Maurer, criador de luminária com asas, aos 87

Conhecido como 'poeta da luz', suas criações high-tech se confundem com obras de arte

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São Paulo

Apelidado de "poeta da luz" em homenagem às suas luminárias, que se confundem com instalações artísticas, o designer alemão Ingo Maurer morreu nesta segunda (21), aos 87 anos, em Munique.

A informação foi divulgada por sua família nas redes sociais nesta terça (22). A causa da morte não foi revelada.

Maurer começou a carreira na tipografia, e aos 22 anos se matriculou num curso de design gráfico.

Sua primeira criação luminosa data, porém, de mais de uma década depois, uma lâmpada dentro de uma lâmpada batizada de "Bulb" e exibida em uma feira em Milão, na Itália, em 1966.​

A partir de então, o designer se tornou um dos mais renomados da área da iluminação, com peças que incorporaram de fios expostos e materiais brutos ("Little Black Nothing") a pratos e xícaras quebrados ("Porca Miseria!") e penas de ganso ("Lucellino").

Alguns destes estão em acervos como o do Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, ou o Museu Victoria & Albert, em Londres.

Para além de peças de design, o alemão também era afeito à tecnologia. Ele quase faliu sua fábrica nos anos 1980 ao desenvolver o sistema de iluminação de baixa voltagem com lâmpadas de halogêneo de "YaYaHo", e apostou em luzes de LED em instalações, objetos e papéis de parede antes de muitos de seus pares.

Maurer esteve no país há três anos, quando participou da inauguração de uma loja-galeria que possui seu acervo completo nos Jardins, em São Paulo.

Retrato do designer alemão Ingo Maurer com sua criação 'Lucellino' para revista Domus em 1998
Retrato do designer alemão Ingo Maurer com sua criação 'Lucellino' para revista Domus em 1998 - Reprodução/Facebook/Ingo Maurer

Em uma entrevista ao New York Times publicada em 2007, ele afirmou que sua fascinação com a luz remete aos passeios que ele fazia com o pai no lago de Constança, na fronteira entre Alemanha, Áustria e Suíça. "Observava como a água refletia a luz e, muito mais tarde, traduzi isso para o meu trabalho", disse.

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