Descrição de chapéu Rock in Rio

Red Hot Chili Peppers decepciona com repertório obscuro no Rock in Rio

Banda tocou uma batelada de canções novas, alternando com seus clássicos

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Rio de Janeiro

Os Red Hot Chili Peppers entraram no palco Mundo às 0h15 de quinta-feira (3) para sexta-feira (4) com um solo do baterista Chad Smith. Pelo número de gente usando camisetas da banda, parecia que ia rolar o melhor do Rock in Rio. Eles começaram bem, com dois hits: "Can’t Stop" e "The Zephyr Song". 

"Obrigado, obrigado", disseram o cantor Anthony Kiedis, de chapéu de caubói e "bigodón", e o baixista Flea, com a experiência de quem já veio em quatro Rock in Rios. 

Show da banda Red Hot Chili Peppers no palco Mundo, no quarto dia do festival Rock in Rio - Adriano Vizoni/Folhapress

A galera respondeu de uma forma um tanto enlouquecida. Mas a expectativa não se confirmou. Talvez por já terem tocado tantas vezes por aqui (é o terceiro ano seguido no país, incluindo participação no Lollapalooza), a escolha das músicas parecia desafiar os fãs. 

A banda tocou uma batelada de canções novas, alternando com seus clássicos. Mas mesmo neles, a empolgação parecia um tanto gripada. 

Houve surpresa com uma versão de "I Wanna Be Your Dog”, canhão de Iggy Pop & The Stooges de 1969. Quase ninguém conhecia, é claro. 

Ou o cover de "I Don’t Wanna Grow Up", imortalizada pelos Ramones e cantada e tocado apenas pelo guitarrista Josh Klinghoffer. 

Ninguém deu bola também para “Just What I Needed”, da banda new wave The Cars, cujo líder Ric Ocasek morreu há duas semanas.

Na verdade, o público não entendeu nada. Apesar de muitos hits na cartucheira, o Red Hot optou por uma série de músicas desconhecidas do grande público, inclusive as próprias. 

Lá pela metade da apresentação, com um duelo de baixo e guitarra, Flea e Josh introduziram “Californication”. Isso fez quem estava sentado voltar a pular. Durou pouco. 

O hit “Aeroplane” veio seguida de outra que ninguém deu bola (“The Power of Equality”). E assim foi até o final, sempre meia bomba. 

A última, “Give It Away”, levantou os cadáveres que restaram -que eram muitos, aliás. Mas foi um show altamente decepcionante. 

Não só pelo que foi, mas pelo que poderia ter sido. 

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