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Filme brasileiro 'Meu nome É Bagdá' é premiado no Festival de Berlim

Longa recebeu prêmio do júri na mostra Generation; Brasil ainda concorre ao Urso de Ouro

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DW

O filme "Meu Nome É Bagdá" ganhou nesta sexta-feira (28) o prêmio do júri de melhor longa na mostra Generation, dedicada a obras que retratam a juventude, do Festival de Cinema de Berlim, a Berlinale.

 
Dirigido por Caru Alves de Souza, o filme retrata o cotidiano da jovem skatista Bagdá, interpretada por Grace Orsato, na cidade de São Paulo. O júri afirmou que foi unânime na escolha do vencedor.

Ao argumentar a decisão, o júri disse ser impossível "não ser conquistado pela protagonista e sua comunidade e, da mesma maneira, era impossível esquecer o auge glorioso e poderoso deste filme". "É uma prova de que a vida pode não nos proporcionar milagres, mas podemos superar todos os obstáculos se seguirmos nossa paixão", acrescentou.

De acordo com a diretora do longa, "Meu Nome É Bagdá" "é um filme sobre solidariedade entre mulheres e sobre as dificuldades que elas enfrentam no dia a dia".

Inspirada no livro "Bagdá — O Skatista", de Toni Brandão, o filme não conquistou somente o júri em Berlim. Em sua estreia no festival, o longa arrancou longos aplausos da plateia.

Esse foi o primeiro prêmio brasileiro na atual edição da Berlinale. O Brasil disputa ainda o Urso de Ouro com "Todos os Mortos", de Caetano Gotardo e Marco Dutra. Coprodução entre Brasil e França, o longa discute a herança da escravidão na virada do século 19.

Nesta edição, o Brasil veio forte também na mostra Panorama, a segunda mais importante do festival, representado pelos filmes "Cidade Pássaro", de Matias Mariani; "Nardjes A.", de Karim Aïnouz; "O Reflexo do Lago", de Fernando Segtowick; e "Vento Seco", de Daniel Nolasco.

Participou ainda da mostra a coprodução entre Brasil, Argentina e Suíça "Un Crimen Común", dirigida pelo argentino Francisco Márquez.

Na mostra Generation, além de "Meu Nome É Bagdá", o Brasil esteve presente com "Rã", de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia; "Alice Júnior", de Gil Baroni; e "Irmã", de Luciana Mazeto e Vínicius Lopes. Também participou na seção Fórum, mais experimental, com dois títulos.

Neste ano, um brasileiro também foi escolhido para fazer parte do júri internacional do festival. O cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, autor de filmes aclamados pela crítica como "Aquarius" (2016) e "Bacurau" (2019), faz parte da equipe presidida pelo ator britânico Jeremy Irons.

Além de Mendonça Filho, compõem o grupo a diretora palestina Annemarie Jacir, a atriz argentina Bérénice Bejo, a produtora alemã Bettina Brokemper, o cineasta americano Kenneth Lonergan e o ator italiano Luca Marinelli.

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