Neil Young canta raridades em seu rancho em lives de quarentena

Cantor canadense vem exibindo pequenos shows de seis músicas filmados por sua mulher, a atriz Daryl Hannah

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Rio de Janeiro

O canadense Neil Young é mais um grande artista que está produzindo ou lançando material para ajudar o mundo a enfrentar a quarentena devido ao novo coronavírus. Na semana passada, o americano Bob Dylan lançou um poema-canção de 16 minutos e 56 segundos sobre a morte do presidente John Kennedy, em 1963.

Neil Young vem exibindo pequenos shows de seis músicas, filmados por sua mulher, a atriz Daryl Hannah, em seu rancho, nas montanhas do estado americano do Colorado. O primeiro “Fireside Sessions”, ou sessões da lareira, foi ao ar no último dia 19, com raridades e preferidas dos fãs. Foi a maior audiência que Neil Young conseguiu em seu site até hoje, ele informou. O show, no entanto, curiosamente parece não estar mais no ar.

homem com gaita e violão em rancho
O cantor e compositor Neil Young durante live em seu rancho, no Colorado - Reprodução

Mas o segundo, que estreou no dia 25, está lá. O terceiro deve sair a qualquer momento. Para assistir, entre no site ou baixe o aplicativo NY Archives. A plataforma traz todos os álbuns, uma infinidade de shows de toda a sua carreira e está gratuito durante “esses tempos estranhos”, conforme diz Young.

“Fireside Sessions 2” começa de forma espetacular, com o artista ao ar livre em seu rancho, enquanto a neve cai sobre ele. Young toca seu violão com cordas de metal, assobia a gaita e canta “Four Strong Winds”, numa bela referência aos ventos que está enfrentando neste momento.

“Four Strong Winds”, que fecha o disco “Comes a Time”, de 1978, é um dos raros covers que o canadense gravou em sua carreira de 54 anos. Atrás dele, podemos ver a cerca mal ajambrada, um toco para rachar lenha, árvores sem folha e um barril digno de velho oeste.

Na canção seguinte, Young entra em sua casa e toca “Birds”, de “After the Gold Rush", de 1971, ao piano. Em seguida, acende a lareira e depois lava as mãos com água e sabão. Faz uma piada, dizendo que esse show é uma “soap-opera”, expressão que em inglês significa “telenovela”.

Recupera seu violão e gaita e ataca com a impactante “On the Beach”, do disco homônimo de 1974, numa interpretação comovente.

Pausa para mostrar seu suporte de gaita, que parece uma ferradura usada de cavalo, bem enferrujada –“Rust Never Sleeps”, ou a ferrugem nunca dorme, é o título de seu álbum de 1979. Ele instala a gaita na ferrugem com fita isolante e canta “Homefires”, gravada em meados dos anos 1970, mas não lançada em disco.

De seu álbum de maior sucesso comercial, “Harvest”, de 1972, Young pinça uma de suas canções preferidas, “Words (Between the Lines of Age)”.

Muda de cenário e, em meio a lenha para a lareira, termina a apresentação com “Love and Only Love”, a música mais nova do show, de “Ragged Glory”, de 1990.

No show anterior, Young havia apresentado “Sugar Mountain”, “Vampire Blues”, “Love Art Blues”, “Tell Me Why”, “Razor Love” e “Little Wing”. Aguardamos o próximo com impaciência.​

Erramos: o texto foi alterado

O nome correto do álbum é "After the Gold Rush", e não "After the Long Rush". O texto foi corrigido.​

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