Jovem artista brasileiro, Jaime Lauriano construiu ao longo dos últimos anos uma série de obras que pensam o Brasil atual à luz de seu passado escravocrata, tendo já se debruçado sobre as rotas do tráfico negreiro em muitos de seus trabalhos, além dos excessos da ditadura.
Nesta nova obra, "Pátria Amada Brasil", Lauriano remete à imagem de asfixia, morte e tortura que já evocara num filme anterior, em que rapazes jovens como ele cobriam a cabeça com a camisa da seleção canarinho, exaltada pelo regime militar.
"O sufocamento sempre calou aqueles ditos contrários à pátria, mas também cega e ensurdece aqueles que se dizem patrióticos acima de tudo e de todos. O amarelo é a cor do sufocamento na história do Brasil e penso que deveria assumir a cor oficial do luto brasileiro, um luto por uma democracia que acabou antes mesmo de começar", diz Lauriano que integra a série do jornal de obras de arte em defesa da democracia.
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