Uma decisão da 21ª Vara Federal do Rio de Janeiro anulou a nomeação da dentista Edianne Paulo de Abreu para o comando do CTAv, o Centro Técnico do Audiovisual, órgão ligado à Secretaria Especial da Cultura. Candidata a deputada federal pelo PSL em 2018, ela é amiga do ator Mario Frias, nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro como secretário em junho.
A nomeação de Abreu para o cargo foi contestada pelo Ministério Público Federal após denúncia do guarda municipal Rodrigo Figueredo, membro da Renosp LGBTI+ e do movimento Policiais Antifascismo.
"O risco de dano irreparável ou de difícil reparação, por sua vez, decorre do prejuízo de descontinuidade das atividades administrativas do setor cultural, tendo em vista a ocupação de relevante cargo de confiança por pessoa, ao menos numa primeira análise, sem formação acadêmica e profissional apta ao seu regular desempenho", destaca o juiz Mario Victor Braga Pereira Francisco de Souza, responsável pela decisão em tutela de urgência.
Abreu foi nomeada para o cargo em 15 de setembro. Dias depois, a Associação Brasileira de Preservação Audiovisual divulgou uma carta aberta criticando a escolha da dentista para o cargo, por sua falta de formação técnica e experiência na área de cultura.
Nas redes sociais, Abreu publica com frequência fotos com membros da família Bolsonaro e com outros integrantes do governo federal, mesmo antes de sua nomeação.
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