A cantora, dançarina, coreógrafa e apresentadora da televisão italiana Raffaella Carrá morreu, aos 78 anos. A notícia foi divulgada por Sergio Lapino, seu ex-companheiro, nesta segunda-feira (5).
Famosa por seus anos de trabalho na televisão pública RAI, Carrá, cujo nome verdadeiro era Raffaelloa Pelloni, era popular não só na Itália, mas também na Espanha e América Latina, sobretudo na Argentina, no Chile, no México e no Peru.
Nascida em Bolonha —norte da Itália—, em 1943, La Carrá, como era chamada, iniciou sua carreira aos nove anos e se formou como dançarina.
"Raffaella nos deixou. Foi para um mundo melhor, onde sua humanidade, sua risada inconfundível e seu talento extraordinário brilharão para sempre", escreveu Lapino ao anunciar sua morte, causada por uma doença não especificada.
Na juventude foi cortejada até por Frank Sinatra, com quem dividiu o cenário do filme "O Expresso de Von Ryan".
Ao longo da vida, adotou vários filhos a distância, em diferentes partes do mundo, gerando polêmicas.
Entre seus sucessos mais conhecidos estão "Tuca Tuca", que chegou a ser censurado pelo Vaticano, "Caliente, Caliente" e "En el Amor Todo Es Empezar".
A icônica italiana era famosa por sua batida de cabelo, um gesto que fazia enquanto dançava e cantava o refrão "a fare l'amore cominci tu".
Em 1975, conquistou a Espanha com sua atuação no programa "¡Señoras y Señores!" e, nesse mesmo ano, gravou um álbum de compilação em espanhol.
Com a televisão espanhola TVE apresentou, entre outros, "La Hora de Raffaella Carrà", conquistando o público e dando o salto para a América Latina.
Na década de 1980, gravou cinco especiais chamados "Millemilioni", coproduzidos por emissoras estatais na Itália, na Rússia, no Reino Unido, no México e na Argentina. Cada programa foi rodado na capital de cada um dos países envolvidos no projeto, com vídeos de suas canções de maior sucesso.
Nos anos de 2013 e 2014, participou do programa "La Voz", na Itália. Na mesma época, voltou à música com o single "Replay", cantado em inglês.
A versátil artista foi um símbolo de liberdade nos anos 1960, 1970 e 1980 por suas coreografias sensuais e sua morte desencadeou mensagens de tristeza em toda a Itália.
"Uma mulher de grande talento, paixão e humanidade, que nos acompanhou durante toda a vida. Adeus, Raffaella", escreveu o ministro da Cultura italiana, Dario Franceschini.
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