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Coleção Folha publica Luiz Gama, símbolo da luta contra a escravidão no Brasil

Coletânea 'Humor e Crítica: Armas do Pioneiro Abolicionista' traz poesias satíricas e artigos eloquentes

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São Paulo

Advogado, poeta, jornalista e símbolo da luta contra a escravidão no Brasil, o baiano Luiz Gama, morto em 1882, é o autor do volume 20 da Coleção Folha Os Pensadores, intitulado "Humor e Crítica: Armas do Pioneiro Abolicionista".

Atualmente, sua figura está passando por um processo de valorização. A editora Hedra está empenhada na publicação integral de seus escritos em 11 volumes e, no ano passado, foi lançado o filme "Doutor Gama", de Jeferson De, narrando sua história.

Luiz Gama foi figura-chave no movimento abolicionista brasileiro
Luiz Gama foi figura-chave no movimento abolicionista brasileiro - Wikicommons

Feita por Cassio Starling Carlos, a seleção de textos reúne alguns dos mais eloquentes artigos que Gama publicou em jornais paulistas e também exemplos de sua produção poética, na qual o autor adotou a sátira como recurso para criticar as mazelas sociais.

Em carta a Lúcio de Mendonça, escrita em 1880, e incluída no livro, Luiz Gama faz um resumo de sua trajetória. Lá ele conta que "em 1856, depois de haver servido como escrivão perante diversas autoridades policiais, fui nomeado amanuense da Secretaria de Polícia, onde servi até 1868, época em que 'por turbulento e sedicioso' fui demitido a 'bem do serviço público', pelos conservadores, que então haviam subido ao poder".

Mais adiante, ele esclarece. "A turbulência consistia em fazer eu parte do Partido Liberal; e, pela imprensa e pelas urnas, pugnar pela vitória de minhas e suas ideias; e promover processos em favor de pessoas livres criminosamente escravizadas; e auxiliar licitamente, na medida de meus esforços, alforrias de escravos, porque detesto o cativeiro e todos os senhores, principalmente os reis."

Nos artigos, o tom é francamente militante, de combate e denúncia. Um exemplo entre muitos –ao escrever em resposta a um ofensor de José do Patrocínio, Gama afirma que "em nós, até a cor é um defeito, um vício imperdoável de origem, o estigma de um crime; e vão ao ponto de esquecer que esta cor é a origem da riqueza de milhares de salteadores, que nos insultam; que esta cor convencional da escravidão, como supõem os especuladores, à semelhança da terra, através da escura superfície, encerra vulcões, onde arde o fogo sagrado da liberdade".


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