Diretor de filme do governo sobre auxílio emergencial é novo chefe do Audiovisual

Homem de confiança de Onyx Lorenzoni, ele atuava na comunicação social das pastas que o hoje candidato comandava

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Brasília

O governo do presidente Jair Bolsonaro, do PL, nomeou, nesta terça-feira, o diretor de um documentário sobre auxílio emergencial, Gustavo Lopes, para o cargo de secretário do Audiovisual. O filme de 25 minutos, chamado "O Maior Programa Social do Mundo", foi lançado pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República em novembro do ano passado.

Além da direção, que dividiu com Jéssica Braz, Lopes também redigiu o roteiro do vídeo.

Frame do documentário 'Maior Programa Social do Mundo', sobre o auxílio emergencial, lançado pela Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro em novembro de 2021 - SecomVc/YouTube/Reprodução

Agora secretário do Audiovisual, ele é homem da confiança de Onyx Lorenzoni desde quando Onyx era deputado federal.

Ele o acompanhou como chefe da comunicação social nos ministérios palacianos e no Trabalho, última pasta que Onyx ocupou antes de buscar eleição ao governo do Rio de Grande do Sul neste ano.

Ficou por um curto período fora do governo, quando foi exonerado em meio à confusão envolvendo o episódio em que José Vicente Santini usou um avião da FAB para ir à Índia.

O auxílio emergencial foi o programa de transferência de renda criado durante a pandemia da Covid-19 para atender famílias mais vulneráveis. Ele chegou a contemplar quase 40 milhões de beneficiários com parcelas de R$ 600.

O programa foi encerrado no final do ano passado, quando passou a vigorar nova versão do Bolsa Família, o Auxílio Brasil, com valor do tíquete de R$ 400.

Os dois programas são considerados essenciais para a campanha de reeleição de Bolsonaro, que está hoje em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. Lidera a corrida pelo Palácio do Planalto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

A secretaria de Cultura fica alocada sob o Ministério do Turismo. Como a Folha vem mostrando ao longo dos últimos anos, a cultura se tornou um dos únicos e principais redutos da ala ideológica do governo Bolsonaro.

Sob o comando de Mario Frias, a secretaria fez minguar os recursos da Lei Rouanet e mudou o foco do programa de investimento em cultura. Com a narrativa de que "acabou a mamata", a cúpula da secretaria antagoniza com artistas nas redes sociais e deixou os cargos em abril para disputar eleições neste ano.

Frias será candidato a deputado federal pelo PL em São Paulo. Já o seu então número dois, o secretário-executivo André Porciuncula, deve disputar uma vaga de deputado estadual pela Bahia.

Outro nome do núcleo mais radical do governo, Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, também deve se lançar à vaga de federal por São Paulo.

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