Descrição de chapéu Rock in Rio skate

Matuê pede 'fora, Bolsonaro' no Rock in Rio com skate e ex-Charlie Brown Jr.

Ícone do trap nacional, o rapper foi uma das primeiras atrações deste domingo e fez uma verdadeira celebração do esporte

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

O rapper Matuê fez uma verdadeira celebração do skate no palco Sunset do Rock in Rio. Ícone do trap nacional, ele foi a primeira atração do espaço neste domingo (4) de dia fechado e chuva no Rio de Janeiro.

Fã de Charlie Brown Jr., ele montou uma rampa de skate no palco, e contou com a participação de diversos talentos do esporte, entre eles Pedro Barros, medalhista olímpico. O skatista ficou fazendo manobras enquanto MC apresentava suas músicas, uma prática comum em shows da antiga banda de Chorão –que costumava, ele próprio, fazer umas manobras no palco.

O rapper Matuê durante show no Rock in Rio 2022
O rapper Matuê durante show no Rock in Rio 2022 - Mauro Pimentel/AFP

O rapper Matuê fez um show potente, político e que teve uma verdadeira celebração do skate no palco Sunset do Rock in Rio. Ícone do trap nacional, ele foi a primeira atração do espaço neste domingo (4) de dia fechado e chuva no Rio de Janeiro e também se posicionou contra o presidente Jair Bolsonaro, do Partido Liberal.

Fã de Charlie Brown Jr., ele montou uma rampa de skate no palco e contou com a participação de diversos talentos do esporte, entre eles Pedro Barros, medalhista olímpico. O skatista ficou fazendo manobras enquanto MC apresentava suas músicas, uma prática comum em shows da antiga banda de Chorão.

No meio do show, ele fez uma homenagem a Chorão, a quem chamou de um anjo em sua vida. Emocionado, Matuê cantou a capella um trecho de "Céu Azul", sucesso do Charlie Brown Jr.

A lembrança da banda de rock de Santos, aliás, não ficou só no cenário. O trapper convidou dois ex-integrantes do Charlie Brown Jr., o baterista André Pinguim e o baixista Heitor Gomes, para integrar sua banda de acompanhamento.

Matuê, aliás, está acostumado a cantar com apenas um DJ, mas mostrou se adaptar bem aos instrumentos orgânicos. Seu show começou com "Máquina do Tempo", que sampleia Charlie Brown Jr. Ele tocou seus hits em um show bastante animado, para ima multidão a perder de vista, uma das maiores para o horário e palco até agora no Rock in Rio.

O rapper cantou "Cogulândia", "Banco", "Gorilla Roxo", "Groupies" e "Vampiro", desfilando com destreza seu trap hedonista e lisérgico, citando drogas psicodélicas nas letras. A reflexiva "Antes" marcou o momento de maior introspecção, e "Anos Luz", de 2017, foi uma saudação a seus fãs mais antigos.

Ele mandou "um abraço" a Fortaleza, sua cidade natal, antes de puxar uma versão puxada para o reggae de "É Sal", emendando um trecho do hit "Man Down", de Rihanna. "É Sal" é sua ode à sua terra de origem, que ele diz ser "uma mistura" –"morando na praia e mesmo assim a vida é dura".

Ele recebeu os rappers Teto e WIU, cantou "Mantém" e se posicionou em relação à política. Matuê levantou um skate com os dizeres "fora Bozo", levando a plateia ao delírio. "Não é sobre lado A ou lado B, é sobre humanidade", disse.

O final, com o público pulando e gritando, teve o hit debochado "Kenny G" e "666", quando a plateia abriu uma roda de bate-cabeça e o telão exibiu uma foto do presidente em chamas, com os dizeres "fora, Bolsonaro".

Foi um dos shows mais animados e potentes do festival até aqui, com o rapper dominando como poucos o AutoTune e tendo o público na mão. Pareceu inapropriada a escalação tão cedo, às 15h na tarde de domingo, num palco secundário.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.