Descrição de chapéu Rock in Rio

Rock in Rio: Veja fotos dos shows do Måneskin, Gloria Groove, Duda Beat e CPM 22

Quinta-feira que marca o início do segundo final de semana do festival também foi marcado por ataques a Jair Bolsonaro

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Rio de Janeiro

Foi com divas do pop que o Rock in Rio abriu seu segundo e último final de semana no Rio de Janeiro. Embora o Guns N’ Roses tenha sido a principal apresentação desta quinta-feira (8), quem dominou a abertura do dia foi a sofrência de Duda Beat e o som dançante de Gloria Groove. O dia também teve o rock brasileiro do CPM 22 e o italiano do Måneskin. Veja, a seguir, fotos dos shows.

Show de Glória Groove no Rock in Rio 2022
Show de Glória Groove no Rock in Rio 2022 - Eduardo Anizelli/Folhapress

Gloria Groove no Rock in Rio

A drag queen, conhecida como Lady Leste, título que também dá nome ao seu último álbum, lançado no início deste ano, transformou o palco Sunset num circo. É a mesma estética do clipe de "A Queda", um de seus singles de maior sucesso, em que ela convida o público a assistir à própria derrocada.

Ao subir ao palco com uma banda composta por bateria, baixo, teclado, guitarra, cordas e um naipe de metais, Gloria injetou peso e suingue ao seu pop, fazendo um aceno aos roqueiros ao mesmo tempo em que destacava o funk brasileiro que marca seu som.

Além de hits de sua autoria, como "Leilão" e "Coisa Boa", a cantora se preocupou em agradar quem não é tão fã de pop, cantando "Exagerado", conhecida na voz de Cazuza, e "Malandragem", eternizada por Cássia Eller.

Um dos momentos mais marcantes do show foi quando Gloria convidou sua mãe, Gina Garcia, que fez carreira como backing vocal, para subir ao palco. Mas a apresentação ganhou temperatura mesmo quando o público puxou um coro de xingamentos ao presidente Jair Bolsonaro. Gloria quebrou o que tem sido o protocolo de suas apresentações e não reagiu à manifestação.


Duda Beat no Rock in Rio

Quem fez isso foi sua antecessora no palco Sunset, Duda Beat, que enfrentou um sol de quase 40 graus e uma plateia ainda diminuta no meio da tarde uma plateia ainda diminuta no meio da tarde, quando o público começava a chegar ao Parque Olímpico.

Vestindo preto e prata num clima de cabaré mal-assombrado, a pernambucana cantou sobre desilusões amorosas em canções como "Bixinho", seu principal sucesso, e, entre o suingue que ecoa o brega da música do Norte e do Nordeste do país, fez declarações políticas.

"A gente tem uma ótima chance de recomeçar daqui a um mês. A gente é um povo foda, com uma cultura foda. Não é para ninguém neste país estar passando fome. Isso é inadmissível. Meu recado hoje é este", disse a cantora, prestes a encerrar o show, enquanto a plateia reagiu com mais xingamentos a Bolsonaro.


Måneskin

Em seguida, foi a vez do grupo italiano Måneskin subir ao palco Mundo, o principal do festival. O ano é 2022, mas poderia ser 1985, quando o Rock in Rio estreou. Isso porque o grupo italiano, escalado em horário nobre, logo antes do Guns N' Roses, grande nome do dia, faz um tipo de rock retrô, que recusa as transformações da música nas últimas décadas, com riffs simples e diretos, batidas energéticas e vocais gritados.

A sensação no Parque Olímpico era de que uma parcela bem pequena do público conhecia as músicas da banda, mas não dá para dizer que faltou entrega e esforço dos italianos, que entenderam a oportunidade de estar num espaço tão grande com tão pouco tempo de carreira e repertório curto.

Até por isso, os italianos cantaram uma versão a cappella de "Love of My Life", do Queen, emulando a cena clássica no Rock in Rio de 1985. Soou adequado, já que a banda faz um som com a cara do que dominava o festival há quase 40 anos.


CPM 22

Quem abriu o palco Mundo na noite desta quinta-feira, no entanto, foi o CPM 22, que empilhou hits nostálgicos como "Um Minuto para o Fim do Mundo" e fez um discurso contra armas.

O Rock in Rio ainda teve nesta quinta-feira apresentações de Jessie J, cheio de piadinhas e mensagens de autoajuda, e The Offspring, que animou os trintões com nostalgia do pop punk que ajudaram a criar no início dos anos 2000.

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