Pinacoteca abre nova sede em janeiro com aceno ao mundo da arte asiática

Pina Contemporânea terá obras da sul-coreana Haegue Yang e da chinesa Cao Fei; Pina Luz faz incursão na arte indígena

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São Paulo

A Pinacoteca de São Paulo anunciou nesta sexta-feira a programação de 2023, que inclui a abertura, em 23 de janeiro, de uma nova sede, a Pina Contemporânea. O espaço passa a integrar o conjunto arquitetônico da instituição, já composto pelos edifícios Pina Luz e Pina Estação.

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Obra de Sônia Gomes, que será apresentada em mostra de 2023 na Pinacoteca - Divulgação

Sonho antigo da administração do museu, a Pina Contemporânea vai expor obras de artistas do nosso tempo, com uma estrutura capaz de abrigar instalações e esculturas de grandes dimensões. Não à toa, a programação se inicia no mesmo dia no edifício com a mostra da sul-coreana Haegue Yang, artista de proeminência internacional.

Ela se tornou conhecida pelas instalações feitas com materiais que estimulam os sentidos do olfato e do tato, reorientando a percepção de suas próprias obras.

"Sempre nos preocupamos em unir a arte brasileira com o que acontece no mundo, já que São Paulo é uma cidade global", diz Ana Maria Maia, curadora-chefe da Pinacoteca. "No caso da Haegue Yang, também é uma oportunidade para fazermos um aceno à comunidade coreana, tão presente em nossa metrópole."

Nesse sentido, o edifício recebe em setembro peças da chinesa Cao Fei, que explora a relação entre arte e tecnologia, com obras sobre realidade virtual e performances em mídias digitais.

Já a Pina Luz, recebe em março a maior exposição individual do artista indígena Chico da Silva, compreendendo a produção entre 1943 e 1984. Com obras inéditas, a mostra apresenta a iconografia do artista que representa toda a cosmovisão indígena.

Denilson Baniwa, artista-jaguar, traça caminho semelhante, em mostra que abre no mesmo mês. Em suas obras, ele faz uma reflexão sobre a vivência do indígena no mundo contemporâneo.

Ainda na Pina Luz, se destaca a mostra da argentina Marta Minujín, principal artista viva do país vizinho. Com abertura marcada para julho, a exposição delimita o período em que Minujín se deteve à arte pop até os seus tão famosos happenings. No segundo semestre, também serão abertas exposições de Sônia Gomes e Montez Magno.

Por fim, a Pina Estação traz em abril uma exposição da escultora, gravadora e desenhista Elisa Bracher e de Regina Parra, que explora relações entre teatro, body art e pintura. "A imaginação é o eixo que une todas essas exposições", afirma Maia. "Mas, antes de tudo, com a nova sede esperamos ter outra relação com o público, mais cotidiana, com a população do bairro em que estamos voltando várias vezes para nos visitar."

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