Tarcísio de Freitas anuncia Marilia Marton como secretária de Cultura de SP

Socióloga foi chefe de gabinete da pasta entre 2011 e 2016; indicação agradou gestores culturais

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Brasília e São Paulo

Marilia Marton vai comandar a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de São Paulo do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), cargo disputado por grupos bolsonaristas aos moderados.

A informação foi antecipada pela Folha e anunciada nesta quarta-feira (21). Marton se reuniu com o governador na noite passada para preparar o anúncio.

Marília Marton, que deve assumir Secretaria de Cultura de São Paulo, em evento de 2018
Marília Marton, que deve assumir Secretaria de Cultura de São Paulo, em evento de 2018 - Marcus Leoni/Folhapress

Formada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a socióloga de 45 anos foi chefe de gabinete da Secretaria de Cultura do estado a partir de 2011 e fez sua carreira na administração pública. Em seguida, ocupou o mesmo posto na Secretaria de Educação até agosto de 2017, na gestão de Geraldo Alckmin.

Nos últimos anos, Marton esteve em cargos na Prefeitura de São Caetano do Sul, em São Paulo. Ela também fez MBA na Fundação Getúlio Vargas.

Ela não estava entre os primeiros cotados para o posto hoje ocupado por Sérgio Sá Leitão. Contudo, sua indicação cresceu com apoio de gestores da área, que a veem como alguém que tem bom trânsito político e que entende de gestão pública.

Marton também se tornou uma indicação mais técnica, o que foi visto com bons olhos, para um cargo que foi disputado por alas mais radicais —caso de Hélio Ferraz, ex-secretário de Cultura de Jair Bolsonaro, e Felipe Carmona, ex-secretário da área de direitos autorais do governo federal.

A disputa pelo comando da Cultura foi acirrada e teve perfis diferentes. O ex-executivo do Itaú Sérgio Silva de Freitas, com ligação histórica com o PSDB, Antonio Lessa, superintendente da Fundação Bienal de São Paulo com passagem pela pasta da Cultura no estado, e o atual presidente do Ibram, o Instituto Brasileiro de Museus, Pedro Mastrobuono, foram alguns dos nomes mais moderados ventilados.

A partir de 2023, Marton terá sob sua batuta mais de 60 equipamentos culturais, entre os quais alguns de tarimba internacional, como a Pinacoteca e a Orquestra Sinfônica do Estado, além de um orçamento polpudo. Não à toa a fila de pretendentes foi extensa.

Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro eleito governador de São Paulo, por enquanto não deu informações concretas do que esperar para a área da cultura no estado.

É sabido, contudo, que o orçamento da pasta será robusto. Em 2022, a Cultura contou com cerca de R$ 1,1 bilhão, além de mais R$ 100 milhões do ProAC ICMS, programa de incentivo fiscal. A cifra da Cultura no governo federal em 2022, a título de comparação, foi de R$ 1,67 bilhão.

Erramos: o texto foi alterado

Versão anterior do texto afirmava que Marilia Marton foi chefe de gabinete da Secretaria de Educação da cidade de São Paulo, na gestão de Fernando Haddad, mas ela ocupou o cargo na Secretaria de Educação do estado. O texto foi corrigido.

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