Mulher picha painel de Gustavo Speridião que remete ao socialismo com frase bíblica

Retrospectiva do artista no Rio de Janeiro traz frases de líderes revolucionários e faixas de manifestações de esquerda

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São Paulo

Uma mulher pichou, nesta segunda-feira (25), um painel do artista Gustavo Speridião, que compõe a mostra "Manifestação Contra A Viagem No Tempo", em cartaz no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro.

Painel de Gustavo Speridião pichado com inscrição bíblica em mostra no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro
Painel de Gustavo Speridião pichado com inscrição bíblica em mostra no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro - Gustavo Speridião

As imagens das câmeras de segurança mostram uma visitante usando uma caneta esferográfica para escrever "Bíblia Sagrada/ 1 Coríntios 13" na obra "Fora do Plano Tudo É Ilusão", que faz referência à frase "Fora do poder tudo é ilusão", do revolucionário comunista Lênin.

"A exposição é toda política, fala da Comuna de Paris, dos bolcheviques, chega a ser um trabalho panfletário de tão político", diz Speridião. "Eu sou socialista, acredito numa revolução para destruir o capitalismo, não como já ocorreu, mas num outro tipo de socialismo."

Ao ser flagrada por um segurança, a mulher deixou um livro com anotações religiosas atrás do painel e foi embora. "Manifestação contra a Viagem do Tempo", organizada por Evandro Salles, faz uma retrospectiva dos 20 anos de carreira, reunindo obras do artista afinado ao socialismo.

A mostra tem uma tela vermelha com o escrito "a revolução não é metáfora de nada" e faixas de protestos ligados à esquerda política, que ocorreram nos últimos anos. Desde que foi aberta, em novembro, a exposição teve outros dois incidentes.

Painel de Gustavo Speridião pichado com inscrição bíblica em mostra no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro
Painel de Gustavo Speridião pichado com inscrição bíblica em mostra no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro - Gustavo Speridião

Uma tela serviu de suporte para uma caixa de remédios deixada por um visitante, e outra foi rasgada, por causa de uma obra feita durante a exposição. "Nunca vi uma reforma ser feita no espaço expositivo durante uma mostra", diz o artista, que registrou boletim de ocorrência. A mostra segue em cartaz até 12 de fevereiro.

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