Conheça o tamanduá-bandeira, que come 35 mil formigas e cupins por dia

Solitária, espécie é apresentada no quinto volume da Coleção Folha Fauna Brasileira para Crianças nas bancas neste domingo

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São Paulo

Se um dia você tiver a ideia de convidar um tamanduá-bandeira para jantar, é bom caprichar nos preparativos. Conhecido das matas brasileiras, ele provavelmente vai exigir um menu com cerca de 35 mil formigas e cupins, que é a quantidade colossal de insetos que come todos os dias.

É uma brincadeira, é claro, já que ninguém chamaria um animal selvagem para dividir a mesa —ou, pelo menos, não deveria. Mas o quinto volume da Coleção Folha Fauna Brasileira para Crianças, que será lançado neste domingo, traz dezenas de outros motivos para deixar o tamanduá-bandeira bem quieto em seu habitat, sem ser incomodado.

tamanduá-bandeira sobe em formigueiro
Tamanduá-bandeira na serra da Canastra, em Minas Gerais - Arquivo pessoal

A espécie chega a ter dois metros de comprimento e pesar 45 quilos, ostentando garras perfeitas para cavoucar formigueiros e cupinzeiros, lares de seus quitutes favoritos. Uma vez abertos, os espaços são explorados por sua língua pegajosa, que atinge até 60 centímetros e faz as presas ficarem grudadas.

Mas não são a dieta, o porte físico ou as unhas avantajadas os motivos principais para o deixar em paz. Ele pode parecer fofo, peludo e boa-praça, mas na verdade estamos falando de um solitário.

Batizado assim por causa da cauda que tremula como uma bandeira, esse mamífero pertence ao mesmo grupo dos tatus e das preguiças e prefere viver sozinho. Os indivíduos só se unem na época do acasalamento. Mas, logo depois, machos e fêmeas seguem seus rumos, desacompanhados.

É o contato muitas vezes forçado com seres humanos o que faz com que a espécie seja considerada hoje vulnerável, embora não esteja em risco iminente de extinção. Ao ser transformado em bicho de estimação, por exemplo, o tamanduá-bandeira tem a alimentação ameaçada, já que é impossível oferecer dezenas de milhares de cupins e formigas diariamente. Além disso, cães e gatos podem transmitir doenças a ele, muitas fatais.

O cardápio de riscos é extenso. "Trabalhamos para mitigar ameaças como a perda do habitat, os atropelamentos e os incêndios florestais", conta Flávia Miranda, presidente do Instituto Tamanduá, que colaborou com o volume da coleção. O livro custa R$ 22,90.

Como o animal está distribuído por quase todo o país, são grandes as chances de contato com cidades, plantações e estradas. "Isso acontece porque ele encontra numa região muito grande as condições propícias para viver", diz Rodrigo Pires, consultor técnico da coleção. Hoje, ele está mais presente na Amazônia e no Pantanal e já está extinto em estados como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.


como comprar

Site da coleção: https://faunabrasileira.folha.com.br/

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG, ES e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 22,90 o volume
Coleção completa: R$ 664,10
Lote avulso: R$ 132,82

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