Gabriel da Costa Penna Burgos, de 18 anos, pode ser uma pessoa fundamental para definir os rumos da sucessão do patrimônio material e artístico de sua mãe, a cantora Gal Costa, morta em novembro, vítima de um infarto fulminante.
Wilma Petrillo, viúva de Gal, tenta reconhecer na Justiça a união estável, fruto do relacionamento mantido com a artista durante 24 anos.
Caso a Justiça reconheça a união estável, Petrillo teria 50% dos bens, ao término do julgamento do inventário, administrando o catálogo de Gal, em acordo com Gabriel, que a Folha não conseguiu localizar.
Cabe aos herdeiros liberar ou não a obra para o uso em outros contextos, tais como novelas, mostras e exposições. De acordo com ex-funcionários de Petrillo, a empresária sequer lia as solicitações de cessão de direitos.
Desde o início de julho, a Folha tenta entrar em contato com Petrillo por telefone e mensagem de texto, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Para o advogado Felipe Russoma nno, especialista em planejamento patrimonial e sucessório, o processo deve se estender no tempo e pode ter diferentes desfechos. "Quando o inventariante for nomeado, ele passa a ceder ou não os direitos até a conclusão do julgamento", afirma.
O advogado chama a atenção para um episódio ocorrido na edição do Fantástico, da TV Globo, que foi ao ar logo depois da morte de Gal. Durante a entrevista, o telespectador é informado de que Gabriel trata Petrillo como madrinha. "Muito provavelmente Petrillo terá o reconhecimento da união estável, mas é estranho o filho de Gal tratar Wilma como madrinha. Ele não fala madrasta, nem mesmo mãe", diz Russomanno.
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