A expressão "rock and roll", na verdade, foi difundida pela primeira vez pelo DJ americano Alan Freed em 1951, para descrever canções que misturavam country, blues e R&B. No final dos anos 1940 é possível observar algumas músicas que se encaixam nessa definição, mas, para registro histórico, o ano do nascimento do rock é 1954, quando Elvis Presley gravou seu primeiro compacto, "That’s All Right".
De lá para cá, muita gente entrou naquela onda e expandiu o rock para inúmeras vertentes. O que liga todas elas é o som acelerado e um caráter rebelde, inconformista. O rock veio para divertir —e também para incomodar.
Os artistas e grupos que contribuíram para definir e modificar essa música rebelde estão reunidos na nova Coleção Folha Rock Stars, cujo primeiro volume, de um total de 20 livros, chega às bancas neste domingo, dia 29 de outubro.
O pontapé inicial vai trazer a trajetória dos Rolling Stones, a banda que é de certa forma o fio condutor dessa história toda, na estrada há 64 anos.
Os outros "pais" do rock serão contemplados, é claro. O volume seguinte traz os Beatles, e o sexto resgata Elvis.
Se o cantor de "Hound Dog" começou essa história, foram os grupos britânicos como os Beatles e os Stones que, no começo dos anos 1960, impediram o gênero de sucumbir diante de muitas modas musicais que eram impostas pelas gravadoras naquela época, como o twist e o mambo.
O livro dos Beatles vai para as bancas no dia 12 de novembro. Na sequência, os volumes em brochura serão lançados semanalmente, sempre aos domingos, até março. Cada um é vendido por R$ 25,90.
Os livros da coleção vão compor um panorama das inovações que fizeram surgir os subgêneros do rock. O heavy metal, por exemplo, foi cunhado pelo guitarrista Jimmy Page, que depois de um grande sucesso no grupo de blues Yardbirds queria acelerar mais ainda o ritmo das canções. Então fundou o Led Zeppelin, que, logo em seu primeiro disco, em 1969, definiu o que seria esse som pesado.
Um ano depois, outra banda britânica, o Black Sabbath do malucão Ozzy Osbourne, trouxe ao som pesado a temática do demonismo, que ficou tão influente a ponto de originar mais centenas de grupos.
Foi essa a motivação para que algumas pessoas começassem a chamar o rock de "música do Diabo", mas isso tudo fica fácil de entender no volume 18 da coleção, dedicado ao Sabbath. O Led Zeppelin vem antes, no volume sete.
Alguns nomes são ídolos que introduziram um som totalmente diferente dentro do rock. É o caso do Pink Floyd, sustentáculo do chamado rock progressivo e psicodélico, que começou nos anos 1960 uma jornada musical sofisticada. Como contraponto, uma banda que optou pela simplificação —os Ramones, que formaram a primeira célula do punk rock, na década de 1970.
A coleção também mostra artistas que se transformaram em ídolos de gerações apesar de suas mortes precoces.
É o caso de Jimi Hendrix, que literalmente inventou um jeito único de tocar guitarra, e de Janis Joplin, que chutou a porta de um gênero machista e inseriu a mulher como protagonista na cena roqueira.
Já Bob Dylan, que segue vivo e atuante, deixou a canção de protesto muito mais incisiva depois de trocar o violão pela guitarra; e David Bowie, gênio musical que não conseguiu jamais gravar um disco que não fosse muito diferente do anterior, acertou em todos os alvos em que atirou.
Há destaque também para o Queen, liderado pelo ímpar Freddie Mercury, que teve relação emocional forte com o público brasileiro, que recebeu a banda britânica com carinho e devoção nos shows por aqui nos anos 1980.
Há ainda nomes que perduram até hoje em atividade na cena musical depois de décadas de triunfos, como U2, Metallica e Red Hot Chili Peppers.
Uma coleção dedicada às lendas do rock não poderia deixar de incluir os nomes brasileiros que se destacaram nessas mais de seis décadas.
É bom entender que o rock no Brasil não teve um nascimento muito fácil. Basta lembrar que, em 1967, intelectuais e artistas da música popular brasileira realizaram uma passeata de protesto contra a guitarra elétrica. No calor do momento, uma figura central de renovação era Rita Lee, que estava nos Mutantes, o grupo de rock psicodélico que acompanhou Gilberto Gil no festival de música da TV Record, praticamente um santuário até então inviolável da música feita com banquinho e violão.
Além de Rita, ganha volume na coleção Raul Seixas, talvez o roqueiro mais influente que o Brasil já teve, criador de canções com ousadia e inovação sobre temas inusitados —em letras feitas muitas vezes com o amigo Paulo Coelho.
Dois brasileiros incluídos nesse panteão são Sepultura, a banda mineira de heavy metal que conseguiu espaço entre as principais no rock pesado mundial; e os Titãs, que surgiram na efervescência do chamado BRock no início dos anos 1980, quando o gênero de rock pop foi abraçado pelas grandes gravadoras.
Os Titãs ainda hoje atraem multidões em sua turnê de retorno, com várias gerações fissuradas por um som eclético com críticas pesadíssimas.
A coleção é coordenada pelo escritor e jornalista Helton Ribeiro, responsável por escrever a maior parte dos volumes. Para alguns dos perfis selecionados, ele conta com a ajuda de nomes importantes na crítica musical brasileira, como Antonio Carlos Miguel, Carlos Albuquerque, José Norberto Flesch e Mauro Ferreira.
Todos os livros trazem um código QR para acessar uma playlist criada especialmente para cada artista ou banda. Impressos em papel especial, com páginas coloridas que apresentam fotos históricas e capas de álbuns clássicos, os livros contam também com um postal exclusivo.
No primeiro volume, além de uma foto marcante dos Stones, mais dois postais icônicos da história do rock —as reproduções dos cartazes do Festival de Woodstock, em 1969, e do primeiro Rock in Rio, em 1985, evento que redesenhou o caminho do rock no Brasil.
Livros da coleção:
- The Rolling Stones
- The Beatles
- Queen
- Nirvana
- Rita Lee
- Elvis Presley
- Led Zeppelin
- Janis Joplin
- David Bowie
- Bob Dylan
- Jimi Hendrix
- Pink Floyd
- Sepultura
- U2
- Titãs
- Raul Seixas
- Ramones
- Black Sabbath
- Metallica
- Red Hot Chili Peppers
Como comprar
Site da coleção: rockstars.folha.com.br
Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)
Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)
Nas bancas: R$ 25,90 cada volume
Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 538,80 ou em até 12x de R$ 44,90
Coleção completa: R$ 514,80 ou 12x de R$ 42,90
Lote avulso com 5 livros: R$ 129,50 ou 12 vezes de R$ 10,79
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