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Queen teve carreira além de Freddie Mercury e é mais ouvido hoje que Beatles

Banda britânica tem sua história contada no terceiro volume da Coleção Folha Rock Stars

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São Paulo

É impossível deixar o Queen ausente de vários rankings importantes do mundo do rock.

Basta lembrar que o quarteto britânico, com cerca de 300 milhões de unidades, é o segundo grupo a vender mais discos até hoje, depois dos Beatles, que chegam a um bilhão. Mas o Queen dá o troco nos dias atuais, com 47 milhões de audições mensais no Spotify, contra 30 milhões dos Beatles.

O cantor Freddie Mercury, do Queen, durante show no Rock in Rio
O cantor Freddie Mercury, do Queen, durante show no Rock in Rio - U.Dettmar/Folhapress

O terceiro volume da Coleção Folha Rock Stars chega às bancas no próximo domingo, dia 19, e pode trazer muita informação nova a quem conhece mais o inigualável Freddie Mercury, eternizado no filme de 2018 com Rami Malek, do que a totalidade do trabalho de sua banda.

Quando Mercury morreu, em 1991, de consequências da Aids, o Queen já tinha quase duas décadas de ótimos serviços prestados ao rock.

Por mais óbvia que possa ser a afirmação de que o Queen jamais seria o mesmo sem seu vocalista carismático e talentoso, também é irrefutável que os arrojos musicais do cantor e principal compositor do grupo encontraram o respaldo indispensável por parte do guitarrista Brian May, do baixista John Deacon e do baterista Roger Taylor.

Sem Mercury, talvez o trio continuasse por muito mais tempo a pegada de hard rock que marcou as primeiras andanças da banda pelo Reino Unido. Provavelmente seria uma banda de metal, preferência de May e Taylor. O que Mercury trouxe foi a vontade fazer coisas diferentes a cada disco.

Depois dos três primeiros álbuns, ótimos exemplos de hard rock, Mercury começou a arriscar. Não é exagero dizer que "A Night at the Opera", de 1975, é o disco mais inesperado da história roqueira.

A dificuldade foi enorme para a gravadora aceitar a proposta do Queen, uma mistura de ritmos impulsionada por uma canção que destruiu completamente as fórmulas conhecidas até então para gravar um single de sucesso, "Bohemian Rhapsody".

Para começar, tem quase seis minutos, praticamente o dobro das músicas que tocavam nas rádios. A música não tem refrão. É dividida em seis segmentos, que vão da balada ao rock pesado, passando pela ópera. Mercury, May e Taylor alternam vocais agudos, médios e graves. A letra fala de assassinato ou de suicídio, dependendo da interpretação de cada um. E virou hit.

Fazer sucesso no mundo todo com uma criação tão particular deixou o Queen livre para tentar qualquer coisa que desse na telha de Mercury. E isso rendeu discos espetaculares, como "News of the World" e "Jazz", e grandes fiascos, como "Hot Space" e "The Miracle".

Ler o texto do jornalista Helton Ribeiro para esse volume da coleção ressalta como a figura magnética de Freddie Mercury pairou sobre todas essas fases da banda. Principalmente porque, em cima do palco, poucos shows são tão poderosos quanto os proporcionados pelo Queen.

E nesse quesito brilha a grande relação da banda com o público brasileiro. Em março de 1981, época em que o Brasil não figurava no circuito habitual das grandes bandas internacionais, o Queen aceitou o desafio de tocar aqui.

Quase tudo deu errado. Um show em Minas Gerais foi cancelado, sem explicações. O show do Maracanã não foi autorizado pela Prefeitura do Rio, que queria reservar o estádio apenas para jogos e "eventos culturais relevantes".

Mas nas duas apresentações que vingaram, no Morumbi, em São Paulo, o público cantou junto, de ponta a ponta, a canção "Love of My Life", que nem era tão destacada assim no repertório. A performance da plateia surpreendeu os integrantes do Queen e, a partir de então, se tornou um momento obrigatório em todos os shows pelo mundo. O coral se repetiu quatro anos depois, no primeiro Rock in Rio.

O livro traz histórias saborosas, algumas dessa primeira vinda ao Brasil, na qual os músicos temiam ter seus equipamentos roubados pelos técnicos brasileiros e achavam que seus seguranças contratados eram do então temido Esquadrão da Morte, facção de execução da polícia carioca.

O último capítulo do volume é dedicado à vida amorosa de Mercury desde antes de sua entrada no Queen até o declínio físico, com o avanço da doença. Encerra, simbolicamente, com a frase dita a seus colegas de banda quando informou a eles suas condições clínicas: "Não quero mais falar sobre isso. Só quero fazer música até morrer."


COMO COMPRAR

Site da coleção: rockstars.folha.com.br

Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis: SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas: R$ 25,90 cada volume

Caixa de colecionador com coleção completa: R$ 538,80 ou em até 12x de R$ 44,90

Coleção completa: R$ 514,80 ou 12x de R$ 42,90

Lote avulso com 5 livros: R$ 129,50 ou 12 vezes de R$ 10,79

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