Artista diz sofrer censura do governo da Polônia após ser tirado da Bienal de Veneza

Ignacy Czwartos, que representaria o país no evento, afirma ter sido cerceado por Ministério da Cultura de Donald Tusk

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São Paulo

O artista Ignacy Czwartos diz ter sofrido censura do governo da Polônia após ter seu projeto cancelado na Bienal de Veneza. O pintor representaria o país no evento, um dos mais importantes do mundo.

A obra de Czwartos, chamada "Experiência Polonesa na Tragédia: Entre Alemanha e Rússia", foi escolhida para representar a Polônia por meio de competição aberta quando Piotr Gliński, do partido conservador PiS (Lei e Justiça), ainda geria Varsóvia, a capital do país europeu.

O artista Ignacy Czwartos (à esq.) e o ex-primeiro-ministro Piotr Gliński (à dir.) - Danuta Matloch/Ministério da Cultura da Polônia

A decisão de tirar a nova obra da Bienal partiu do Ministério da Cultura do novo governo, agora sob comando de Donald Tusk, que é da oposição e liberal.

"A seleção ocorreu de acordo com os trâmites legais. O contrato entre mim e a Galeria Zachęta, instituição responsável pela realização da exposição, foi assinado", disse Czwartos ao The Art Newspaper.

"Porém, no dia 29 de dezembro, recebi a informação de que o novo Ministro da Cultura, Bartłomiej Sienkiewicz, tinha interrompido o projeto. Não foram apresentadas razões que justificassem a decisão, que é contrária à regulamentação em vigor. Eu vejo isso como censura."

O Ministério da Cultura polaco afirmou num comunicado que substituiu o projeto depois de analisar os procedimentos do concurso para a exposição.

Agora a Polônia será representada na Bienal de Veneza pelo Open Group, um coletivo ucraniano. A obra deles é um vídeo gravado num campo de refugiados na Ucrânia.

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