Madonna e fãs discordam sobre terem feito acordo em caso de show que atrasou

Advogado da cantora e da Live Nation disse a juiz que não está nem perto de um entendimento em ação coletiva contra eles

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Mike Scarcella
Reuters

Madonna e o gigante da venda de ingressos Live Nation disseram a um juiz americano nesta segunda-feira que não estão nem perto de chegar a um acordo para resolver uma ação coletiva proposta por fãs —eles abriram um processo por causa de um atraso no início de um show— acusando um advogado dos autores da ação de tentar induzir o tribunal a erro.

O advogado da rainha do pop, Jeff Warshafsky, que também representa a Live Nation, disse em um documento judicial que o advogado dos fãs fez uma declaração "falsa" para o juiz federal Hector Gonzalez no Brooklyn, em Nova York, na última sexta-feira, quando afirmou que havia um acordo no caso. Warshafsky disse que houve negociações, mas nada havia sido finalizado.

Madonna durante show gratuito na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em maio
Madonna durante show gratuito na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em maio - Pablo Porciuncula/AFP

Dois fãs processaram Madonna, a Live Nation e o Barclay’s Center, no Brooklyn, em janeiro, acusando todos os envolvidos de "exercício arbitrário de propaganda falsa" de um show noturno na arena que começou duas horas depois do horário previsto. Os autores da ação disseram que não teriam comprado os ingressos se soubessem que o show começaria tão tarde.

O advogado dos autores, Marcus Corwin, que enviou a notificação de acordo, defendeu o documento em uma audiência na segunda-feira. "Eu nunca registraria nada que não fosse factualmente correto", disse. Ele declarou que acreditava, com base em comunicações anteriores, que um acordo havia sido firmado.

Warshafsky disse na audiência que Corwin está travando uma "campanha de assédio" com o objetivo de "extorquir um acordo lucrativo, forçando os réus a pagar honorários legais desnecessários".

O juiz rejeitou a notificação e cobrou que os advogados trabalhem para chegar a um acordo. "Está longe de haver um", disse Gonzalez. "Eu realmente acho que esse tipo de negociação, de envolver o tribunal, não é algo que eu aprecie", afirmou o juiz.

Corwin e Warshafsky não responderam a pedidos de comentários em um primeiro momento.

Na audiência, Corwin disse que as negociações por um acordo estavam voltadas não apenas a resolver o processo de Nova York, mas "outros 98 casos" e uma ação coletiva em um tribunal federal de Washington.

"Madonna tem um longo histórico de chegar e começar seus shows com atraso, às vezes várias horas depois", diz o processo do Brooklyn.

Corwin disse ao juiz que, como parte das negociações do acordo, Madonna e os outros réus estão tentando impedir sua firma de apresentar mais queixas contra eles. "Isso é algo com o qual não posso concordar e meus clientes não podem concordar", disse Corwin.

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