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Gillian Anderson pede para mulheres enviarem relatos de sexo para novo livro

Atriz de 'Sex Education' se inspira no pioneiro 'Meu Jardim Secreto', que escancarou o tamanho da frustração feminina

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São Paulo

Gillian Anderson, que interpretou a terapeuta sexual Jean Milburn em "Sex Education", pediu para que as mulheres que a acompanham enviassem a ela suas histórias sexuais e reuniu 174 desses relatos, fantasias e confissões no livro "Want", que será publicado pela editora britânica Bloomsbury em setembro no Reino Unido. Escondido entre eles, está um relato da própria atriz, famosa por "Arquivo X".

A atriz Gillian Anderson - Henry Nicholls/Reuters

"Quando falamos de sexo, falamos de feminilidade e maternidade, infidelidade e exploração, consentimento e respeito, justiça e equidade, amor e ódio, prazer e dor", diz a apresentação do livro.

"E, ainda assim, por muitas razões —mais e menos complicadas— muitas de nós não falamos sobre isso. Nossos mais profundos, mais íntimos medos e fantasias permanecem trancados dentro de nós, até que alguém surge com uma chave." O livro de Anderson pretende ser essa chave.

Em um texto publicado no jornal britânico The Guardian, a atriz celebrou o livro "Meu Jardim Secreto", uma compilação parecida com o que ela se propõe a fazer, publicada por Nancy Friday em 1973. Ela conta que conheceu o livro quase 50 anos depois, quando, em 2018, entrou para o elenco de "Sex Education".

A frustração sexual confessada por aquelas mulheres dos anos 1970 marcou Anderson. "Muitas nunca tinham experimentado um orgasmo", ela escreveu. "Algumas não sabiam o que era uma fantasia sexual; outras não conseguiam admitir que as tinham."

"Para a maioria, havia a confissão de uma profunda vergonha e culpa; ainda havia muito pudor e constrangimento em torno do sexo e do que fantasiavam. Repetidamente, essas mulheres confessavam o medo de serem as únicas a ter tais fantasias e expressavam um grito comovente de alívio ao finalmente poderem expressá-las."

Para a atriz, os tempos são outros, e a sexualidade feminina está na televisão com programas como o dela ou a série "Planet Sex", com Cara Delevingne. Ainda assim, ela ficou curiosa para saber se essa liberdade das telas também existe na vida real.

"Quero que mulheres de todo o mundo, e todas vocês que se identificam intrinsecamente como mulheres agora —queer, heterossexuais e bissexuais, não binárias, transgênero, poliamorosas— todas vocês, jovens e idosas, qualquer que seja sua religião, casadas, solteiras ou outras, escrevam para mim e me digam o que pensam quando pensam em sexo", ela convidou no começo do ano passado.

Em breve, algumas dessas histórias virão a público.

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