Maia quer apoio de governadores e prefeitos para aprovar reforma

Interesses dos estados e municípios será usado para conquistar votos

Daniel Camargos
São Paulo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), espera conseguir os votos que faltam —nas contas do governo— para a aprovação da Reforma da Previdência em articulação com prefeitos e governadores.

Uma votação dessa sinalizando que vai perder tem a chance de ter 100 votos ou de não ter quórum, afirmou nesta quarta-feira (7), após participar de evento para investidores em São Paulo.

São necessários 308 dos 523 deputados para aprovação da PEC (projeto de emenda à Constituição) na Câmara. Maia calcula que o governo tem pouco mais de 250 votos.

"A sinalização para a sociedade (caso não seja aprovada a Reforma) é que nem esse e nem o próximo parlamento estão próximos de aprovar a Reforma da Previdência", avaliou.

Apesar da declaração, Maia afirma que a PEC entrará na pauta no dia 20 e deve ficar entre três e quatro dias em discussão até a votação.

"Eles (governadores e prefeitos) têm uma agenda no Congresso que é de interesse deles. Vamos tentar conversar e achar pontos em comum para que eles apoiem a reforma", explica.

A estratégia adotada pelo presidente da Câmara é despolitizar o debate. Vamos fazer um debate fiscal fora desse embate mais quente, ideológico da política e deixar a questão fiscal para o debate mais racional, acredita.

Maia destacou a necessidade dos estados apoiarem a Reforma da Previdência e citou os déficits de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, como exemplos que precisam da Reforma da Previdência.

Palanque

Maia foi o terceiro pré-candidato que participou do evento promovido pelo banco  BTG Pactual. Na terça-feira (6), o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi a estrela do dia. Antes de Maia, foi a vez do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles almoçar com os investidores convidados pelo banco.

A avenida está aberta para qualquer candidato, afirmou Maia, que durante a palestra (fechada para a imprensa) analisou a situação dos outros candidatos se valendo dos dados de pesquisas que têm realizado para avaliar a viabilidade de sua própria candidatura. 

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