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Bacalhau está 9,7% mais barato neste ano, mas outros itens de Páscoa subiram

Confira o comportamento de preço de alguns produtos consumidos nessa época

Prato com bacalhau e batatas
Prato com bacalhau e batatas - Paulo Uemura/Divulgação
Gilberto Yoshinaga
São Paulo

O consumidor que não abre mão do bacalhau no almoço de Páscoa tem uma boa notícia: o preço do peixe caiu 9,67% em relação ao ano passado, de acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

É preciso ficar atento, no entanto, pois outros itens que fazem parte da bacalhoada subiram.

Em geral, a cesta de Páscoa ficou 2,61% mais cara, aponta a pesquisa.

“Alguns produtos tiveram alta significativa”, afirma o economista André Braz, coordenador do IPC.

Ele ressalta ainda que há produtos em queda, como é o caso do azeite (-0,65%).

Braz lembra que o estudo foi feito antes da Semana Santa, e que os preços podem estar mais caros neste período.

“A pesquisa não mostra, em definitivo, o que o consumidor vai encontrar para a Páscoa. Às vésperas, além desse aumento de 4,79% do pescado fresco já registrado, o preço do peixe pode subir mais porque a demanda aumenta.”

Para ele, agora é a hora para comprar. “Quem deixar para a última hora poderá encontrar preços maiores.”

 

INFLAÇÃO NA CESTA DE PÁSCOA

> Os produtos típicos da Páscoa estão 2,61% mais caros em comparação com 2017, segundo pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas)

Ainda assim, o índice médio dos itens pesquisados ficou abaixo da inflação acumulada em 12 meses

> A prévia do IPCA, que é a inflação oficial do país, ficou em 2,8% neste mês; já o IPC-10, índice medido pela FGV, está em 2,87%

Peso menor no bolso

>: A boa notícia é que o bacalhau, um dos principais produtos da época, caiu 9,37%

> No ano passado, o peixe havia subido 5,73% e, em 2016, a alta havia sido de 30,73%

Outros itens encarecem a bacalhoada

> Apesar de o bacalhau estar mais barato, outros ingredientes da bacalhoada tiveram altas expressivas 

> Dois grandes vilões –que não foram incluídos na pesquisa da FGV– são o tomate e a cebola

> Segundo o IPCA, o preço do tomate subiu 46,38% em 12 meses; a cebola teve alta de 34,37%

Confira a variação de preços

Batata-inglesa: 16,18%

Sardinha em conserva: 11,82%

Atum: 5,74%

Pescados frescos: 4,79%

Vinho: 2,89%

Azeite: -0,65%

Azeitona em conserva: -1,65%

Ovos: -2,02%

Bacalhau  -9,37%

Bombons e chocolates: -10,73%

Couve: -16,39%

Média dos produtos pesquisados: 2,61%

Dicas para economizar

> Não deixe para a última hora: Com o aumento da procura, os preços podem subir às vésperas da Páscoa. Além disso, a variedade e a oferta de produtos também tendem a diminuir

> Calcule preços e quantidade da compra: Pesquise antes de comprar e evite se endividar ou usar o cartão de crédito. Uma mesa farta não pode representar desperdício futuro

> Divida os custos e compartilhe as compras: Se o orçamento ainda está curto, proponha dividir as despesas com os amigos e os familiares convidados. Uma sugestão é cada um levar um prato, o que alivia o bolso e aumenta a diversidade na refeição

Fontes: FGV/Ibre (Fundação Getúlio Vargas/Instituto Brasileiro de Economia), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Reinaldo Domingos, presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros) ​

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