A Mondelez, multinacional do ramo de alimentos dona de marcas como o biscoito Oreo e o chiclete Trident, decidiu fechar suas fábricas em Piracicaba e Bauru (SP).
O encerramento das atividades nesses locais acontecerá gradativamente até dezembro de 2018, informa a companhia.
A empresa conta com 1.400 funcionários nas duas unidades.
O encerramento das atividades no interior paulista decorre de decisão da companhia de concentrar suas atividades em fábricas que produzem itens de mais categorias, em Curitiba (PR) e Vitória de Santo Antão (PE).
A unidade de Piracicaba (distante 158 quilômetros de São Paulo) é especializada na produção dos biscoitos da linha Nabisco e a de Bauru na bala Halls.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Piracicaba, FânioLuisGomes, diz que as demissões estão sendo atribuídas a queda nas vendas. Com a redução no consumo, as fábricas de outros Estados passariam a ter capacidade para suprir o mercado com a quantidade de produtos que está sendo demandada.
Já a Mondelez diz que as mudanças fazem parte da estratégia global da companhia. "Desde 2014, a empresa vem analisando minuciosamente sua cadeia de suprimentos com o objetivo de manter a sustentabilidade econômica e a evolução do negócio a médio e longo prazo", disse a companhia em nota.
Com essa reestruturação, gomas e balas, chocolates, bebidas em pó, sobremesas e cream cheese serão produzidos em Curitiba. Os biscoitos e chocolates em Vitória de Santo Antão.
Como são multicategorias, essas fábricas estão assumindo grande importância neste novo cenário, por possuírem localização geográfica favorável e experiência robusta nos processos de fabricação e logística, diz a companhia.
A empresa afirma que a decisão não tem relação com o desempenho dos profissionais das unidades que serão fechadas.
Também diz que oferecerá plano de recolocação profissional e de transição de carreira, treinamentos, feira de empregos e workshops.
Caso haja vaga, trabalhadores que tiverem disponibilidade também serão considerados para transferências para outras cidades.
Gomes, do sindicato dos trabalhadores, diz acreditar que poucos trabalhadores estarão dispostos a mudar para seguir na empresa.
Ele diz que o sindicato irá trabalhar para que os trabalhadores dispensados não tenham sua participação nos lucros da empresa reduzido.
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