Descrição de chapéu embraer

Boeing lucra US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre

A empresa negocia parceira com a brasileira Embraer

Logo da Boeing em um 737 MAX 9 em Washington
Logo da Boeing em um 737 MAX 9 em Washington - Jason Redmond/AFP
AFP

Boeing reportou nesta quarta-feira (25) uma alta nos lucros do primeiro trimestre e aumentou suas projeções para o resto do ano, após um grande desempenho na aviação comercial e nos programas de defesa.

A gigante aeroespacial informou lucros de US$ 2,5 bilhões no primeiro trimestre, 56,9% a mais que no período do ano anterior. As receitas subiram 6,5%, a US$ 23,4 bilhões.

A empresa negocia parceira com a brasileira Embraer. 

Os resultados refletem o bom estado da aviação comercial, com a indústria das companhias aéreas se beneficiando de um período financeiro mais estável e da popularização das viagens de avião no Oriente Médio, na Ásia e em outras regiões em desenvolvimento. 

Por ser um importante ator na China, a Boeing foi vista como vulnerável a uma guerra comercial entre Estados Unidos e o gigante asiático - uma possibilidade que preocupou Wall Street no começo do mês, mas foi suavizada diante de uma retórica mais suave entre Washington e Pequim. 

No trimestre encerrado em 31 de março, a empresa registrou também mais pedidos de aviões comerciais comparado ao mesmo período de 2017. Os modelos que geraram lucros incluem o avião de corredor estreito 737 e o 787 "Dreamliner".

A empresa tem consultado seus clientes sobre a possibilidade de lançar um avião de "mercado intermediário", que estaria entre suas naves de fuselagem estreita, com capacidade para 200 pessoas, e as de fuselagem larga, para cerca de 300. 

A companhia também anunciou o aumento da produção do seu avião Boeing 767 de 2,5 a 3 por mês, devido à força do mercado de carga, à medida em que a demanda industrial aumenta. 

ATRASOS NO SETOR MILITAR

Os lucros na divisão de defesa da Boeing também subiram devido ao forte volume de armamento. A Boeing conseguiu novos negócios no Kuwait e disse que estava progredindo no programa de aeronaves-cisterna KC-46, um contrato de transporte aéreo com a Força Aérea dos EUA, que levou a aumentos de custos inesperados em trimestres anteriores.

Um relatório do Escritório de Contabilidade  Governemental americano alertou no início deste mês que as entregas dos primeiros tanques KC-46 poderiam passar para maio a 2019, em vez do cronograma atual de outubro de 2018, citando uma série de riscos que devem ser mitigados. 

Outras preocupações sobre a Boeing incluem o status das negociações com a brasileira Embraer sobre uma possível colaboração que deve ter a aprovação do governo brasileiro. 

A Boeing também poderia ser afetada se o presidente Donald Trump deixar o acordo nuclear do Irã - que abriu as portas para as vendas de aeronaves comerciais em um país com restrições por sanções. 

A Boeing aumentou sua faixa de projeção para 2018, de US$ 13,80 a US$ 14 por ação para US$ 14,30 e US$ 14,50, excluindo os custos de pensão.

 
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