Mudança na pasta de energia afeta Eletrobras

As ações ordinárias da elétrica recuaram 9,17%, e as ordinárias perderam 8,17%

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Fernando Coelho Filho deixou Ministério de Minas e Energia para disputar eleições - Pedro Ladeira-22.fev.2018 / Folhapress
São Paulo | Reuters

O mercado reagiu mal à notícia de que Paulo Pedrosa, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, deixaria a pasta. Ele era cotado para assumir como ministro, após a saída de Fernando Coelho Filho, que vai disputar eleições. Os investidores não gostaram e descontaram nos papéis da estatal, que despencaram.

As ações da Eletrobras lideraram as quedas do índice Ibovespa nesta sexta (6). As ações ordinárias da elétrica recuaram 9,17%, e as ordinárias perderam 8,17%. "A avaliação é que isso pode prejudicar o processo de privatização. É mais uma incerteza em meio a outras, o que implica em dificuldade e uma perspectiva mais negativa para a privatização", afirma Rafael Passos, analista da Guide Investimentos.

Segundo ele, a proposta de privatização é o que tem guiado a alta dos papéis. Desde que o governo anunciou a venda da estatal, em agosto de 2017, as ações preferenciais subiram 32,4% e as ordinárias avançaram 43%.

"A privatização é extremamente positiva para a companhia. Significa menor interferência política nas decisões estratégicas da companhia, melhor estrutura de dívida e governança da empresa e objetivos mais alinhados à indústria com processo administrativo mais fortes."

Em relatório, analistas do Itaú BBA avaliam como negativa a indefinição do futuro da pasta. "Nós acreditamos que Pedrosa seria um dos melhores nomes para substituir Coelho Filho no ministério", dizem.

Para eles, a venda da estatal está ligada à definição das mudanças no ministério.

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