Taxistas desligam taxímetro em Congonhas para elevar lucro

Eles simulam preço do Uber para oferecer preço fixo e se aproveitam da demanda

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Passageiros no aeroporto de Congonhas - Keiny Andrade/Folhapress
São Paulo

Para lucrar com a paralisação, taxistas que trabalham em Congonhas decidiram desligar o taxímetro na noite deste domingo (27) e oferecer um preço fixo a passageiros que encontram na porta do aeroporto.

A prática de cobrar valor fixo pela corrida é considerada ilícita e pode acarretar na retenção do táxi.

Os taxistas chegavam a abordar passageiros na calçada. Ao oferecer a corrida de táxi para alguém, eles simulam pelo aplicativo do Uber o valor para o endereço desejado. E então oferecem por um preço pouco menor do que o da concorrência. "As corridas têm saído quase o dobro do normal", diz Fernando Jorge, 37, taxista.

Para o taxista, a ideia tem ajudado a aumentar a renda desde sexta.

A crise nos combustíveis elevou a tarifa dinâmica do aplicativo Uber (o preço sobe quando a demanda aumenta muito), então ficou mais fácil para os taxistas acharem clientes no aeroporto.

A reportagem tentou pegar um táxi por dois apps diferentes. Foram seis tentativas, todas canceladas depois que o prazo de procura por um carro ficava longa demais. 

Mesmo os aplicativos usados para chamar táxi, como  Easy e 99Táxi não mostravam opções de carros próximas aeroporto.

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