CVM processa Dilma e conselho da Petrobras por compra de Pasadena

Autarquia entendeu que conselheiros não agiram no melhor interesse da empresa

Ana Paula Ragazzi
São Paulo

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu um processo sancionador contra os 12 integrantes do conselho de administração da Petrobras à época da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos,  em 2006. A autarquia acusa os conselheiros de não terem atuado no melhor interesse da companhia ao aprovar a operação.

Imagem da refinaria de Pasadena, em 2005 - Agência Petrobras/Folhapress

Estão sendo acusados a ex-presidente Dilma Rousseff, à época ministra da Casa Civil, Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda; o então presidente da petroleira, José Sergio Gabrielli, e os ex-diretores Guilherme Estrella, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Almir Barbassa e Ildo Sauer. Completam a lista de acusados o economista Claudio Luiz da Silva Haddad, hoje presidente do conselho de administração do Insper, Fabio Barbosa, ex-Santander e Gleuber Vieira, general da reserva.

O processo foi aberto a partir de um inquérito iniciado pela autarquia em 2014 e investiga os preços acima de mercado que a Petrobras pagou pela refinaria. Agora, os conselheiros acusados poderão solicitar a apresentação de um termo de compromisso para encerrar o processo sem um julgamento. Se não fizerem essa solicitação ou se a CVM não aceitar o acordo, eles serão, após a apresentação de defesas julgados pelo colegiado da autarquia. 

Em dezembro de 2017, a força-tarefa da Lava jato denunciou o ex-senador Delcídio Amaral e  mais dez pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro por conta da compra da refinaria de Pasadena. 

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