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Botijão de gás tem alta de 27% em um ano

Estudo do Dieese mostra aumento no preço do produto entre julho de 2017 e junho deste ano

Fernanda Brigatti
São Paulo | Agora

 As famílias paulistanas estão gastando mais com o botijão de gás de 13 kg o que, consequentemente, corresponde a uma mordida maior no orçamento.

Segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de julho de 2017 a junho deste ano, o preço do botijão subiu 26,91%. Neste período, uma família com renda média de R$ 1.500 passou a gastar R$ 15 a mais com essa despesa. “O aumento afeta diretamente a taxa de inflação, elevando o custo de vida e depreciando o valor dos salários”, diz o estudo.

O Dieese faz um recorte de renda familiar, que considera os 10% mais pobres. No estado de São Paulo, essa população tem renda mensal média de R$ 601,39 e, portanto, 10,8% de seus ganhos vão para bancar o botijão de gás, considerando o preço médio de R$ 65,07. Os paulistanos mais pobres estão entre os menos afetados pelo encarecimento; no Maranhão, 59% dos rendimentos vão para pagar essa despesa.

Botijões de gás de cozinha LGP (Liquefeito de Petróleo)
Botijões de gás de cozinha LGP (Liquefeito de Petróleo) - Lucas Lacaz Ruiz/Folhapress

O botijão de 13 kg é envasado e vendido nas refinarias da Petrobras às distribuidoras. Entre janeiro de 2003 e agosto de 2015, o preço ficou congelado em R$ 13,51. Em dezembro do ano passado, já estava em R$ 24,38.

Em nota, a Petrobras afirma que "este ano, o preço do botijão nas refinarias da Petrobras caiu e, atualmente, desde 5 de julho, é de R$ 23,10,  A parte da Petrobras no preço final ao consumidor corresponde a cerca de um terço do preço de venda na média nacional".
 

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