A Eletrobras vai tentar vender outras três distribuidoras nesta quinta-feira (30), em um leilão que será realizado na sede da B3, em São Paulo, às 15h.
Serão ofertadas a Eletroacre (AC), a Ceron (RO) e a Boa Vista Energia (RR).
O preço de venda é de R$ 50 mil por empresa —um valor simbólico.
A compradora também deverá fazer um aumento de capital nas companhias que varia de empresa para empresa. No caso da Eletroacre, o total é de R$ 238,8 milhões. Para a Ceron, de R$ 253,8 milhões e, para a Boa Vista, de R$ 176 milhões.
Em caso de mais um interessado, ganha quem oferecer o maior desconto na conta de luz do consumidor. Ainda pode haver o pagamento de um prêmio, que iria para o Tesouro Nacional.
No entanto, ainda há dúvidas sobre o interesse pelas companhias, que são deficitárias.
Segundo pessoas que acompanham o processo, há três prováveis participantes: a Energisa, que estaria mirando principalmente a Ceron; a Oliveira Energia, cujo interesse seria a Boa Vista; e a Equatorial, que pode fazer oferta pela Eletroacre.
A maior dúvida é em relação à participação da Equatorial, que não teria feito o depósito das garantias necessárias para concorrer. A empresa foi a vencedora do último leilão da Eletrobras, quando arrematou a Cepisa, distribuidora do Piauí.
Além dessas distribuidoras, a Eletrobras tenta vender outras duas: a Amazonas Energia e a Ceal (Alagoas).
No caso da empresa do Amazonas, que inicialmente seria ofertada junto com as demais companhias do Norte, o leilão foi adiado para 26 de setembro.
O atraso ocorreu porque sua venda ainda enfrenta dificuldades, principalmente a aprovação de um projeto de lei que transfere uma dívida bilionária das distribuidoras à conta de luz do consumidor.
O governo avaliou que, no caso das demais empresas, os passivos não seriam tão problemáticos quanto para a Amazonas, que tem a maior dívida. Segundo analistas do setor elétrico, sem a aprovação desse projeto de lei, dificilmente a companhia atrairá investidores e poderá ser liquidada.
Já a venda da Ceal está tratava por conta de uma disputa com o governo alagoano, que conseguiu uma liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) para barrar a venda enquanto as negociações não fossem concluídas.
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