Black Friday atrai curiosos e consumidores que buscam além de eletrônicos

Expectativa é que o crescimento do faturamento seja de dois dígitos em relação a 2017

Priscila Camazano
São Paulo

A Black Friday começa oficialmente nesta sexta (23), mas algumas lojas anteciparam o evento para a noite de quinta.

Estendendo o horário de funcionamento madrugada adentro, a unidade das Lojas Americanas do shopping West Plaza registrou um movimento maior entre 23h e 4h.

O atendente Lucas Lima, 20, viu passar pelo seu caixa mais itens alimentícios do que os eletrônicos, que em edições anteriores costumavam ser mais procurados.

Esta é terceira Black Friday que o servidor público Paulo César Firmino, 35, aproveita. Ele que chegou na loja por volta das 4h30 acompanhado da irmã e do cunhado, diz que preferiu vir este horário porque anos anteriores chegou a ficar duas horas na fila. 

Para evitar o transtorno se programou e, inclusive, pesquisou antes o que valia a pena. Concluiu que vai levar chocolates e uma sanduicheira que estão mais baratos.

Os irmãos e analistas de sistemas Helker dos Santos, 31, e Lucas dos Santos, 24, vieram direto do trabalho e pretendem levar mais alimentos do que outros itens. De acordo com a pesquisa de preços que fizeram os valores de alguns produtos, como os eletrônicos, não mudaram muito então não estão valendo a pena.

Os amigos Tiago Reis, 37, e Flavia Ulhoa, 33, chegaram na Lojas Americanas por volta das 4h, mais movidos pela curiosidade de saber como seria o movimento do que propriamente fazer compras. Eles se espantaram com a tranquilidade da loja naquele horário.

Na unidade das Casas Bahia da praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo, o movimento também era fraco. Às 6h20 a loja abriu e somente nove pessoas aguardavam na porta. Entre elas Josefa Souza da Silva, 63, que estava na companhia da irmã desde às 5h20. Ela diz ter vindo mais cedo porque o ano passado a fila dava volta no quarteirão.

A antecipação da promoção foi a estratégia de várias redes a fim de tentar reanimar as vendas em um ano fraco.

No hipermercado Extra da avenida Ricardo Jafet, na zona sul da capital paulista, por exemplo, a pilha da televisão Samsung de 49 polegadas esvaziou em segundos na Black Friday antecipada.

Pesquisa da Ebit/Nielsen projeta expansão de 15% no faturamento do comércio eletrônico, para R$ 2,43 bilhões.

A expectativa é que o crescimento do faturamento seja de dois dígitos em relação a 2017.

Black Friday
Fachada da loja das Casas Bahia da praça Ramos de Azevedo, no centro de São Paulo, na manhã desta sexta-feira (23) - Priscila Camazano/Folhapress
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