A polícia alemã e a agência federal de investigações do país fizeram uma operação de busca e apreensão nesta quinta-feira (29) em seis locais do Deutsche Bank, incluindo a sede do grupo em Frankfurt, como parte de uma investigação por lavagem de dinheiro, segundo a procuradoria.
Revelações extraídas de dados do escândalo Panama Papers, o principal banco alemão é suspeito de ter ajudado clientes a criar sociedades em paraísos fiscais para lavar dinheiro procedente de infrações penais, explica a procuradoria em um comunicado.
O Deutsche Bank confirmou as buscas e apreensões do Ministério Público relacionadas ao Panama Papers e diz se comprometer com a "plena cooperação" com as autoridades.
Segundo a promotoria, cerca de 170 policiais, magistrados e agentes dos serviços fiscais do país começaram a operação na parte da manhã e leveram "numerosos documentos impressos e eletrônicos".
As investigações estão concentradas em "dois empregados, de 46 a 50 anos", cujos nomes e cargos não foram divulgados, assim como outros supostos "responsáveis da empresa não identificados" suspeitos de lavagem de dinheiro, segundo o MP alemão.
Os investigadores acusam os suspeitos de não terem comunicado as suspeitas de lavagem antes da revelação dos supostos crimes em abril de 2016, com o escândalo dos Panama Papers, embora o banco dispusesse à época de elementos suficientes desde o início das relações com os clientes acusados.
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