O governo de Minas Gerais informou nesta sexta (28) que não irá pagar nem anunciar um parcelamento do 13º salário deste ano aos seus servidores públicos.

Em nota, o governo informa que o pagamento será realizado somente em 2019.

"Foi aguardado até o último momento um crédito de R$ 200 milhões, por parte do Governo Federal, referente à 'compensação financeira em função da perda de receita decorrente da desoneração de ICMS sobre exportações de bens e da concessão de créditos nas operações anteriores', aprovada no Congresso Nacional (PLP 511/2018)."

Ainda segundo o comunicado, outra perda de recursos ocorreu com o leilão da securitização das dívidas, que não obteve oferta com o desconto permitido, deixando de arrecadar cerca de R$ 500 milhões. 

O estado vive uma grave crise fiscal, e vem parcelando os salários do funcionalismo desde fevereiro de 2016.

Minas é o estado brasileiro cuja receita está mais comprometida com o pagamento do funcionalismo: quase 80% da receita líquida vai para gastos com pessoal. São 609 mil servidores no estado.

O não pagamento do 13º representa mais um desgaste para o governo de Fernando Pimentel (PT), que ao tentar a reeleição não chegou ao segundo turno. O eleito Romeu Zema (Novo) herdará o pagamento ao funcionalismo.

Em nota, a equipe do governo eleito afirmou que "só vai se pronunciar oficialmente sobre o 'calote' no 13º salário dado pela atual gestão petista nos servidores públicos mineiros quando tiver acesso ao fluxo de caixa e às reais condições financeiras do Poder Executivo estadual".