Facebook planeja integrar WhatsApp, Messenger e Instagram, diz jornal

Zuckerberg planeja concluir junção até o final do ano e todos os apps terão criptografia ponta a ponta

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São Paulo

O Facebook, que controla além da rede social o WhatsApp, o Instagram e o Facebook Messenger, planeja integrar os aplicativos de mensagem, permitindo que um usuário do Facebook consiga conversar com alguém que só usa o WhatsApp, segundo reportagem do jornal The New York Times.

O plano de Mark Zuckerberg, fundador e presidente executivo do Facebook, exigirá o redesenho de todos os aplicativos e envolve milhares de funcionários do conglomerado, segundo quatro pessoas ouvidas pela reportagem.

O projeto está em fase inicial e deve terminar no final deste ano ou no começo de 2020, ainda de acordo com os funcionários do Facebook ouvidos.

Com a reconfiguração, todos os apps de mensagem passarão a contar com criptografia ponta a ponta, o que atualmente só existe no WhatsApp. O sistema garante que as mensagens só possam ser lidas pelos participantes da conversa.

Fundador e presidente do Facebook, CEO Mark Zuckerberg
Fundador e presidente do Facebook, CEO Mark Zuckerberg - Josh Edelson/AFP

Zuckerberg planeja aumentar a funcionalidade da rede social, mantendo seus bilhões de usuários engajados. O temor do executivo é que, se as pessoas passarem a usar mais os serviços de mensagem em detrimento da rede social, poderão mais facilmente migrar para concorrentes, como os serviços da Apple e do Google.

O Facebook tinha, ao final do terceiro trimestre do ano passado, 2,3 bilhões de usuários ativos mensais. Considerando todos os aplicativos da rede social, são 2,6 bilhões de pessoas usam os apps a cada mês.

O Facebook está no centro de diversos escândalos de uso de seus serviços para disseminação de notícias falsas e manipulação de eleições. Os Estados Unidos investigam a interferência russa na disputa presidencial de 2016, que deu vitória ao republicano Donald Trump.

No Brasil, a crítica é o uso do WhatsApp para a disseminação de notícias falsas. Na semana passada, a rede social limitou a cinco o número de pessoas que poderão receber uma mensagem encaminhada, com o objetivo de limitar a viralização de fake news.

Em 2014, logo após a venda do WhatsApp para o Facebook por US$ 16 bilhões (R$ 37,45 bilhões à época), um dos fundadores do app, Jan Koum, afirmou que a junção dos aplicativos destruiria valor, citando exemplos anteriores.

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