O leilão de quatro aeroportos regionais no Mato Grosso teve como vencedor o consórcio Aeroeste, formado por duas empresas de transporte rodoviário, a Socicam (empresa responsável pelo Terminal Tietê, em São Paulo) e a Sinart.
O grupo deu um lance de R$ 40 milhões, que serão pagos na assinatura do contrato, e venceu, no último momento, o consórcio da Contrucap, empreiteira arrolada na Operação Lava Jato.
"Existe uma tendência de operadores de terminais rodoviários migrarem para o setor de aeroportos porque existem sinergias, como tipo de tarifação e público parecidos", diz Everton Souza Henriques, gerente de negócios de fusões e aquisições do Banco Fator.
O contrato é de 30 anos. Nesse período, estão previstos investimentos de R$ 770,6 milhões.
O principal ativo do bloco é o aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Apesar do nome, ainda não há previsão de quando o aeroporto fará voos comerciais diretos para fora do país.
Com o leilão, o terminal poderá se tornar um hub, já que a área de cargas também poderá ser ampliada com a concessão.
A capacidade é para que 5,7 milhões de passageiros por ano. Ele recebeu em 2018, segundo o Ministério da Infraestrutura, 3,03 milhões.
O aeroporto foi contemplado com obras de infraestrutura com a Copa de 2014 —Cuiabá foi cidade-sede.
As obras começaram em 2012, mas as duas novas alas, A e B, só foram entregues em maio de 2017. Hoje elas atendem o embarque e desembarque doméstico. No que era o antigo aeroporto, a ala C, agora funciona o check-in e a área de alimentação.
Além do Marechal Rondon, Mato Grosso é o único estado que tem mais três aeroportos a serem leiloados nesta sexta: Sinop, Alta Floresta e Rondonópolis.
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