O presidente da comissão especial da reforma da Previdência, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), afirmou nesta segunda-feira (10) que é preciso ter a responsabilidade de não se deixar contaminar a tramitação da proposta após a divulgação de reportagens que apontam suposta combinação entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, com integrantes do Ministério Público Federal (MPF) que atuam na operação Lava Jato.
"Os fatos envolvendo o ministro Moro, se confirmados, atentam contra o Estado Democrático de Direito, mas temos a responsabilidade de não deixar que contamine o andamento da Reforma da Previdência, que seguirá o calendário definido pela comissão", disse Ramos em sua conta no Twitter.
O site The Intercept Brasil publicou no domingo uma série de reportagens com base em o que diz ser arquivos recebidos de uma fonte anônima mostrando suposta colaboração entre o então juiz federal Moro e o coordenador da operação Lava Jato no Ministério Público Federal, Deltan Dallagnol.
O MPF confirmou que os procuradores da operação foram vítimas de um ataque de hackers em que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos, e negou em nota que tenha havido parcialidade ou qualquer ilegalidade em sua conduta. Também em nota, Moro afirmou que não houve "qualquer anormalidade ou direcionamento da atuação enquanto magistrado".
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