Governo quer Infraero com aviação regional após terminar concessões de aeroportos até 2022

Empresa, que chegou a entrar na lista de possíveis privatizações, deve passar a cuidar apenas da administração regional

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Brasília | Reuters

As próximas duas rodadas de leilões para concessões de aeroportos terão 22 aeroportos cada uma e devem marcar o encerramento do envolvimento da Infraero na administração aeroportuária até 2022, disse nesta sexta-feira (6) o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

O governo negocia ainda o repasse de três aeroportos para governos estaduais, o que pode reduzir o número de concessões para 19 na 7ª rodada.

A partir desse momento, a empresa, que em um primeiro momento entrou na lista de possíveis privatizações, deve passar a cuidar apenas da administração da aviação regional, em parceria com estados e municípios.

Cada uma das próximas rodadas de concessões —a primeira marcada para outubro de 2020 e a segunda, entre o final de 2021 e o primeiro trimestre de 2022 — terão cada uma três blocos. Os dois finais, encabeçados pelos aeroportos Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em São Paulo, os mais lucrativos do país.

O governo assinou nesta sexta os contratos de concessão com os vencedores dos leilões da 6ª rodada, realizada em março, em que foram concedidos 12 aeroportos nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. O prazo das concessões é de 30 anos, com investimento previsto de R$ 1,47 bilhão nos primeiros cinco anos.

De acordo com o ministro, os contratos de concessão desta rodada e das seguintes incluem parcela de investimento acionada por um gatilho à medida que a demanda e a despesas nos aeroportos crescem.

ESTRANGEIRAS

Tarcísio disse esperar que as concessões ajudem a atrair ainda mais empresas estrangeiras para operar no país, depois da aprovação da lei que liberou a entrada das aéreas internacionais. "Os concessionários, na sua maioria também estrangeiros, têm todo interesse em trazer empresas para operar em seus aeroportos, em transformá-los em um hub", disse.

De acordo com o ministro, a abertura ao capital estrangeiro já teve um reflexo imediato e várias empresa low cost começam a operar no Brasil, primeiro com rotas internacionais, mas já planejam rotas nacionais.

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