Programas de milhagem dão até despacho de mala em categorias mais altas

Subir de classe exige voar com frequência, mas usar cartão que acumule pontos conversíveis em milhas pode ajudar

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São Paulo

Os programas de milhagem podem ser uma alternativa para que passageiros mais frequentes evitem a cobrança por despacho de bagagens, por assentos com mais espaço –localizados próximos a saídas de emergência das aeronaves– e por marcação dos lugares.

Para isso, porém, é preciso que o viajante esteja em uma das categorias mais elevadas dos programas, o que exige, em geral, que voe com frequência elevada.

Para especialistas no setor, o ideal para quem ainda não voa com frequência e é um iniciante no mundo das milhas é concentrar seus pontos em um único lugar, seja o programa da companhia aérea, seja o de um banco que permita a transferência para milhas.

Outra recomendação é usar um cartão de crédito para acúmulo de pontos que possam ser convertidos em milhas. A maioria cobra anuidade, mas há no mercado os que oferecem isenção a partir de um patamar de gastos mensais.

Os programas das três maiores companhias aéreas do país (Smiles, da Gol; Latam Pass, da Latam; e TudoAzul, da Azul) têm parcerias com os principais bancos do país e permitem que o acúmulo de pontos no programa de fidelidade dos bancos sejam convertidos em milhas.

"A esmagadora maioria dos clientes dos programas de companhias aéreas é das classes A e B, que têm mais de um cartão de crédito. O acúmulo de pontos influencia a decisão de qual cartão usar, e as empresas sabem disso. Por isso é um mercado competitivo", diz André Castellini, sócio da Bain&Company.

Quem gasta até cerca de R$ 2.000 mensais deveria acumular pontos em único programa e usar só um cartão de crédito, diz Alexandre Zylberstajn, especialista em milhagem e diretor do site Passageiro de Primeira.

"Os programas estão menos generosos na pontuação por voo, mas os cartões são uma boa opção. O ideal é que o iniciante o use inclusive para pagar pequenas compras, como o pão de queijo na padaria. Isso exige, claro, prudência para não gastar demais."

Na escolha do cartão, o passageiro precisa avaliar se o seu perfil de gastos permitiria resgatar passagens que valham mais que a anuidade. 

Na Latam, é possível fazer resgates a partir de 1.500 milhas. Na Azul, a partir de 3.000. Na Smiles, há trechos por 4.000. Voos mais longos e internacionais, porém, costumam exigir bem mais milhas.

Os valores dependem, além da distância percorrida, do horário do voo, da antecedência da compra e da demanda pela rota.

Outra dica é buscar pontos por meio de compras de produtos e serviços parceiros dos programas de milhagem.

"O Magazine Luíza tem parceria com a Latam Pass. A Uber, com a Smiles. Se você faz compras ali, pode aproveitar." 

Os programas costumam ter acordos com seguradoras e redes de hotéis, o que permite ao passageiro ganhar milhas durante uma viagem para além da compra da passagem.

Em caso de programas de bancos, o melhor é que a transferência para milhas seja feita durante promoções que garantam bônus na pontuação.

 
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