Sindicato recorrerá de decisão contra greve na Petrobras

Com 18 dias de duração, essa é a maior greve da categoria desde 1995; empresa exige volta ao trabalho

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São Paulo | Reuters

A FUP (Federação Única dos Petroleiros) afirmou que irá recorrer de decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) que declarou na segunda-feira (17) a greve de funcionários da Petrobras como ilegal e abusiva, segundo vídeo divulgado pela entidade.

Ao atender recurso da petroleira, o ministro do TST Ives Gandra da Silva Martins Filho autorizou a Petrobras a "adotar as medidas administrativas cabíveis" para o fim da paralisação, iniciada em 1° de fevereiro, inclusive com sanções disciplinares aos empregados que não atenderem ao comando judicial.

A Petrobras disse em comunicado à imprensa na noite de segunda que "já notificou as entidades sindicais da decisão e aguarda que todos os empregados retornem às suas atribuições imediatamente".

Já a FUP criticou a decisão e afirmou entender que o movimento grevista é legítimo e legal. A comissão permanente de negociação da entidade ainda pediu que os petroleiros mantenham a paralisação e aguardem orientações dos sindicatos.

"Entendemos que essa decisão é inconstitucional e nossos advogados em todo o Brasil estarão, sim, vendo uma forma de questionar essa decisão monocrática do ministro Ives Gandra", disse no vídeo o diretor da FUP, Deyvid Bacelar.

Segundo ele, a entidade tomou conhecimento da medida do TST "de maneiras ainda não oficiais".

A decisão do ministro do TST estabeleceu multas diárias de entre 250 mil e 500 mil reais aos sindicatos em caso de descumprimento, além de bloqueio de contas e repasse de mensalidades associativas.

Na segunda, a FUP havia afirmado que a paralisação tinha adesão de mais de 60% dos funcionários da área operacional da Petrobras, envolvendo total de mais de 20 mil trabalhadores em 13 Estados.

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